O aumento do custo da energia parece não preocupar o ministro Paulo Guedes. “Qual o problema que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”, perguntou o chefe da pasta da Economia durante o lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo. Na verdade, são muitos os problemas. Em alguns setores da indústria, os gastos com energia elétrica representam 40% dos custos de produção. Se os custos aumentam, as margens das empresas diminuem, e o consumidor paga a conta. Os reajustes da eletricidade causam estragos principalmente na siderurgia, mineração e saneamento, os maiores consumidores de energia do Brasil, mas toda a economia sofre. “Estamos acompanhando a situação hídrica e entendemos como necessária a movimentação do governo”, diz Janaina Donas, presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). “É preciso avançar também na adoção de medidas de estímulo e compensação à redução do consumo voluntário e programado, principalmente para o setor industrial.”
Agro quer mostrar suas virtudes ambientais
Jovens lideranças do agronegócio estudam lançar antes do final do ano uma campanha de publicidade nacional para destacar a agenda ambiental do setor. A ideia é dizer que o agro brasileiro não apenas alimenta o mundo, mas que está cada vez mais comprometido com a preservação do planeta. Muita gente associa a produção rural à devastação da natureza – a imagem negativa foi reforçada durante o governo Jair Bolsonaro, especialmente na gestão do ex-ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente.
Wizard sai de cena e se distancia de questões políticas
Por onde anda o empresário bolsonarista Carlos Wizard (foto), dono da rede de produtos naturais Mundo Verde, dos restaurantes Taco Bell, Pizza Hut e KFC no Brasil, e das marcas esportivas Topper e Rainha? Aconselhado por advogados, ele resolveu sair de cena depois de seu depoimento à CPI da Covid. A ordem é evitar qualquer associação com temáticas políticas. Wizard é aquele que, no auge da crise do novo coronavirus, defendeu ideias como a recontagem de mortes na pandemia.
Ações em queda e investigações do MP ameaçam e-commerce Enjoei
Desde fevereiro, as ações negociadas em bolsa do e-commerce de artigos novos e usados Enjoei caíram de cerca de R$ 20 para R$ 7. A queda tem razão de ser: os investidores estão preocupados com os produtos de origem duvidosa vendidos pelo brechó on-line. A desconfiança deverá aumentar. Nesta semana, o Ministério Público de São Paulo abriu inquérito civil para investigar o Enjoei pela suposta venda de itens falsificados. No segundo trimestre de 2021, a empresa teve prejuízo de R$ 30 milhões.
US$ 75 bilhões
é a quanto poderá chegar o valuation do banco digital Nubank em seu IPO (Operta Pública de Ações, em português) na bolsa americana Nasdaq. É mais do que o valor de mercado do Itaú (cerca de US$ 55 bilhões), maior banco da América Latina
RAPIDINHAS
- A inovação está cada vez mais presente no universo corporativo brasileiro, mas não apenas entre as grandes empresas. Segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), os pequenos negócios aumentaram em 75% os pedidos de registro de marcas no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.
- O Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado em Campinas (SP) e um dos mais importantes do país, quebrou novo recorde de movimentação de cargas. Nos sete primeiros meses de 2021, o volume transportado cresceu 52% frente igual intervalo de 2020. É o melhor resultado desde o início da concessão do aeroporto, em 2013.
- Não está fácil a vida dos motoristas de aplicativos. Eles não reclamam apenas do aumento do combustível, mas também da nova política das empresas. Até pouco tempo atrás, dizem os condutores, a Uber tinha uma taxa fixa de 25% de desconto no valor das corridas. Agora, o percentual é variável, podendo chegar a 48% em determinados casos.
- A rede mineira de atacarejo Mart Minas inaugurou seis lojas em 2021 e pretende abrir outras cinco até o final do ano. O bom desempenho da empresa, com faturamento anual de R$ 4,6 bilhões, chamou a atenção dos líderes do setor. Segundo fontes do mercado, Carrefour e Assaí estão de olho nos ativos da concorrente.