O Brasil vive uma fuga de cérebros. Entre 2019 e 2020, o país caiu da 63ª para a 70ª posição no quesito “retenção de talentos” em um ranking global de competitividade elaborado pelo instituto Insead. Crise econômica, instabilidade política, desemprego elevado, ambiente de negócios pouco amigável e deficiências na área da educação são alguns dos fatores que levaram mais pessoas a buscarem novos caminhos no exterior. Ou seja: é a falta de perspectiva que estimula esse movimento. Perder brasileiros talentosos é perigoso. Sem profissionais qualificados, a inovação não deslancha, não há troca de conhecimento, as empresas sofrem para preencher vagas estratégicas. A debandada está em alta. Segundo dados recentes do Ministério das Relações Exteriores, há 4,2 milhões de brasileiros vivendo longe do país, um aumento de quase 20% sobre o número de 2018. O desalento é o retrato de uma nação que insiste em tratar mal seus cidadãos.
CVC volta a operar após ataque hacker
Após 13 dias de paralisação, a CVC retomou ontem as funcionalidades de seus sistemas operacionais. Eles foram atacados por hackers, que usaram uma estratégia conhecida como “ransomware” – o criminoso sequestra os sistemas da empresa e em geral só os desbloqueia com pagamento de resgate. O Brasil é o quinto país que mais sofre ataques cibernéticos, atrás dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e África do Sul, segundo levantamento da consultoria alemã Roland Berger.
Lembra-se da Clubhouse? A onda já passou
Crescer rápido demais pode ser um problema para algumas empresas. É o caso da rede social de áudios Clubhouse, que explodiu no início do ano, mas agora vê o número de downloads do app cair abruptamente. Segundo o presidente da companhia, Paul Davidson, o avanço veloz pressionou seus sistemas operacionais e exigiu muitas contratações em curto espaço de tempo. Em resumo: a rede não estava preparada para sucesso tão repentino, e agora corre risco de cair no ostracismo.
Indústria automotiva aposta em materiais ecológicos
A indústria automotiva começa a substituir materiais convencionais por itens ecológicos. O Volvo XC60 T8 Inscription usa como acabamento garrafas Pet recicladas. No BMW i3, o plástico deu lugar para o Kenaf, material feito de fibras de malva, planta que captura CO2 da atmosfera. A Bentley foi mais longe. Seu EXP 100 GT é quase vegano: o interior contém cascas de uva, enquanto a nova versão usará couro de cogumelos. Na Land Rover, revestimentos incorporam plásticos retirados de oceanos.
"Enfrentamos uma tempestade perfeita: alta de commodities, efeitos climáticos e crise hídrica. Fica tudo mais complicado. Sem reformas, bons governos e mudanças mentais, continuaremos a ter dificuldade em vencer aumentos súbitos da inflação"
Maílson da Nóbrega, economista
400%
Foi quanto aumentou, em 10 anos, a concessão de vistos dos Estados Unidos para profissionais brasileiros de alta qualificação nas áreas de ciências, negócios, educação e artes. Enquanto apenas 50 pessoas receberam os vistos EB1 ou EB2 em 2010, em 2020, o número saltou para 281
Rapidinhas
Paula Rabelo, diretora do iFood Card, braço de benefícios do iFood, será a primeira brasileira a palestrar no maior evento global de inovação no varejo, o Big Retail Show. O encontro é uma iniciativa da Federação Nacional de Varejo (NRF) dos Estados Unidos, entidade que tem 100 anos de tradição. Ele será realizado em janeiro de 2022, em Nova York.
As empresas ligadas ao universo das moedas virtuais começam a entrar no campo esportivo. A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, é a nova patrocinadora da Lazio, tradicional time do futebol italiano. Pelo acordo, ela desembolsará 30 milhões de euros – cerca de R$ 190 milhões – ao longo de dois anos de contrato.
O brasileiro está gastando menos. Segundo levantamento realizado pela Abras, a associação dos supermercados, o consumo nos lares do país caiu 2,33% na comparação entre agosto e julho. Foi a quinta queda mensal do indicador em 2021. No acumulado do ano, o índice segue positivo, com alta de 3,15%.
A Microsoft anunciou que irá desativar o LinkedIn na China. Segundo a empresa, a decisão se deve a novas exigências regulatórias – em outras palavras, maior controle por parte do governo chinês. O LinkedIn, que está presente na China desde 2014, é a única grande rede social americana que funciona na nação asiática.