A indústria de veículos teve o pior outubro dos cinco últimos anos. As vendas de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus totalizaram 162,4 mil unidades no mês, o que representa um tombo inesperado de 24,5% em relação ao mesmo período de 2020 – ano, ressalve-se, marcado pelo pandemia.
O resultado fraco se deve sobretudo à paralisação de fábricas por falta de componentes como chips, mas a crise econômica também tem causado estragos no setor.
Até os negócios envolvendo usados, que vinham em bom ritmo, recuaram. Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), 58.424 carros de segunda mão foram vendidos por dia em outubro, contra 63.823 em setembro.
O aumento da taxa Selic é um complicador: com os juros em alta, os financiamentos de automóveis inevitavelmente sobem. Como se vê, o segmento parece viver uma tempestade perfeita
RAPIDINHAS
''A degradação do meio ambiente afeta as políticas monetárias. Vimos isso no Brasil: tivemos uma geada que afetou a produção de alimentos e muitos eventos climatológicos que mudaram as cadeias de fornecimento''
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, ao admitir a urgência de se investir na chamada economia verde