Executivos da indústria automotiva têm escutado reclamações sobre o preço elevado dos carros, mas eles duvidam que haverá queda dos valores no pós-pandemia. Os componentes nunca foram tão caros e o custo do frete também disparou.
Para os profissionais do mercado, o cenário veio para ficar – o que certamente afastará consumidores em um contexto de crise econômica e renda baixa. Em 2022, o setor projeta vendas de 2 milhões de unidades, número praticamente idêntico ao de 2021.
Para se dimensionar o impressionante declínio do mercado, uma década atrás houve o dobro de emplacamentos. Os profissionais da área acham que apenas a partir de 2025 será possível retomar os níveis de vendas obtidos em 2010. Mas isso se tudo der certo. Não será fácil: as dificuldades momentâneas enfrentadas pelas montadoras juntam-se a mudanças na própria sociedade, como a queda do interesse das novas gerações por carros.
As campeãs da Bolsa nos primeiros dias da guerra
Basta dar uma espiada no desempenho das produtoras de commodities na B3 para entender para onde o mercado irá em tempos de guerra. Na semana passada, as empresas de melhor performance na Bolsa foram as siderúrgicas, petroleiras, mineradoras e metalúrgicas. As campeãs foram as siderúrgicas CSN e Gerdau, que subiram, respectivamente, 15,34% e 14,89% em cinco dias, à frente da petroleira 35 Petroleum (alta de 14,14%). Analistas dizem que a tendência deverá se manter nos próximos dias.
Videoconferências ameaçam mercado de viagens corporativas
O home office e as videoconferências, fenômenos marcantes da pandemia, reduziram as viagens a trabalho. Segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), o setor faturou R$ 4,3 bilhões em 2021, acima dos R$ 3,7 bilhões de 2020 mas muito abaixo dos R$ 11,3 bilhões de 2019, antes da crise do coronavírus. Em janeiro de 2022, a tendência se manteve: o segmento movimentou R$ 741 milhões, retração de 43% em relação ao mesmo mês de 2019.
Fabricantes de veículos se unem contra a Rússia
A indústria de veículos apoia em peso as sanções econômicas contra a Rússia. Empresas como BMW, Daimler, General Motors, Harley-Davidson, Jaguar e Volvo suspenderam as vendas ao país de Vladmir Putin, enquanto Ford, Hyundai, Toyota e Volkswagen paralisaram as operações de suas unidades em solo russo. Por sua vez, o grupo Stellantis (que reúne Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM) doou 1 milhão de euros para socorrer refugiados e civis ucranianos afetados pela guerra.
34ª
é a posição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, no ranking dos melhores hospitais do mundo elaborado pela revista americana Newsweek. O Einstein é o único da América Latina a figurar entre os 100 melhores
RAPIDINHAS
• Os hackers se tornaram tão eficientes que driblam os sistemas de proteção até dos Estados Unidos, o país que mais investe em segurança cibernética. Segundo a Universidade Harvard, desde 2019 ao menos 250 agências do governo americano foram invadidas por criminosos. Os Estados Unidos investem, por ano, US$ 17 bilhões em segurança cibernética.
• É fácil entender por que os táxis recuperaram mercado. Em 2021, o valor das corridas de carros por aplicativo aumentou 26% diante de 2020, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). A alta acima da inflação beneficiou os taxistas, que não reajustaram – ou reajustaram pouco – suas tarifas.
• O Brasil não tem feito a lição de casa quando o assunto é a busca por energia limpa. Um levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) apontou que, em 2020, o país concedeu R$ 124 bilhões – 2% do PIB –, em subsídios aos combustíveis fósseis. O número representa acréscimo de 25% sobre 2019.
• O avanço tecnológico está tornando as agências bancárias dispensáveis. Desde o início da pandemia, 2,4 mil delas foram fechadas no Brasil, o que corresponde a 11% do total. O movimento é irreversível. Segundo estudo da consultoria Mambu na América Latina, 68% dos clientes dos bancos tradicionais preferem usar aplicativos.