A inflação tem destroçado as finanças dos brasileiros. Em 12 meses, a taxa está acumulada em 11,3%, sendo que em março ela foi a maior para o mês em 28 anos – desde o Plano Real, portanto. Os efeitos para a sociedade são tenebrosos.
Para ajustar seu bolso à nova realidade inflacionária, seis em cada 10 pessoas foram obrigadas a mudar os hábitos de consumo, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O quadro se agrava com o empobrecimento da população: a renda média mensal caiu 8,8% em fevereiro, diante de igual mês de 2021, e não há sinais de que ela possa se recuperar.
Com menos dinheiro e preços em alta, é inevitável que o calote aumente. De fato, a inadimplência acaba de alcançar níveis recordes.
Enquanto isso, os políticos não se debruçam sobre o problema, priorizando a agenda eleitoral em detrimento do debate econômico. Esta é a triste sina do país.