Elon Musk, dono da Tesla e homem mais rico do mundo, venceu. Ao comprar 100% do Twitter por US$ 44 bilhões (algo como R$ 214 bilhões), o bilionário sul-africano não apenas driblou diretores que eram contrários ao negócio como deverá mudar a rede social da água para o vinho. Musk está batendo na tecla da “liberdade de expressão”, o que faz supor, portanto, que todo tipo de conteúdo será permitido – inclusive aquele que espalhar mentiras e desinformação. Entre as suas intenções, ele já revelou que a moderação das publicações será mais branda. Com a aquisição, o Twitter deixará de ter ações negociadas na bolsa, o que permitirá que Musk reine sozinho na gestão do negócio, sem precisar do aval de acionistas. “De certa forma, Musk pagou US$ 44 bilhões para escrever o que bem entender e liberar a plataforma para que os outros façam o mesmo”, afirma o consultor Eduardo Tancinsky, especializado em tecnologia.
Empresários comemoram compra da plataforma
A compra do Twitter por Elon Musk dominou as conversas em um grupo de WhatsApp formado por empresários de diversos setores. A maior parte deles comemorou o fechamento do negócio, sob a alegação que a rede social se transformou num espaço para “cancelamentos”. Os executivos citaram Donald Trump (foto), que foi banido da plataforma após a invasão do Capitólio, em Washington. Trump, que agora é dono de sua própria rede social – a Truth –disse que não voltará ao Twitter se Musk reativar a sua conta.
Brasil é quarto maior mercado da rede social
O Twitter tem ampla presença no Brasil. Em janeiro, de acordo com os mais recentes dados disponíveis, 19 milhões de brasileiros acessaram a rede social, o que faz do país o quarto maior mercado da plataforma, atrás dos Estados Unidos (76,9 milhões de usuários), Japão (58,9 milhões) e Índia (23,6 milhões). Ao todo, a rede social tem 217 milhões de usuários ativos, número 13% superior diante de um ano atrás. Boa parte desse público usa o Twitter para fazer comentários políticos.
Ultrapar vai investir quase R$ 1,67 bilhão para ampliar negócios no país
A Ultrapar, dona dos postos Ipiranga, da empresa de gás Ultragaz, da companhia de logística Ultracargo e da rede de lojas de conveniência AmPm, anunciou seu plano de investimentos para 2022. O grupo destinará R$ 1,67 bilhão para a expansão dos negócios. Entre as unidades do conglomerado, os postos Ipiranga receberão o maior volume de investimentos – cerca de R$ 1 bilhão. De acordo com a Ultrapar, o montante que será injetado no país supera os desembolsos realizados nos últimos dois anos.
76%
dos brasileiros pretendem ir às compras para presentear no Dia das Mães, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
RAPIDINHAS
. A Wine, clube de assinaturas e importadora de vinhos, se tornou a primeira empresa do ramo a aceitar pagamentos com bitcoins. Por enquanto, a novidade só vale para quem fizer encomendas pelo aplicativo. Segundo a Wine, a operação foi desenvolvida em parceria com a Redecoin, fintech que pertence ao grupo SCF Brazil.
. Os escritórios compartilhados recuperaram terreno depois da onda de fechamentos trazida pela pandemia. Na WeWork, uma das líderes do setor, o índice de ocupação atingiu 80% nos 32 espaços que a empresa administra no Brasil. Com o modelo de trabalho híbrido – a jornada é dividida entre a casa e a companhia –, o setor tende a crescer.
. A Renner pretende abrir 40 lojas até o final do ano. Além de 20 unidades da marca Renner, serão inaugurados 10 espaços físicos da Youcom (marca de lifestyle jovem), cinco da Camicado (especializada em casa e decoração) e cinco da Ashua (focada no segmento plus size). Em 2021, o grupo abriu 32 endereços.
. A fabricante americana de alimentos Mondeléz, dona das marcas Bis, Club Social, Lacta e Toblerone, comprou, por cerca de US$ 1,3 bilhão, a empresa mexicana de doces e chocolates Ricolino. Seu apetite está aguçado. Desde o ano passado, adquiriu a grega Chipita, a britânica Grenade e a australiana Gourmet Food.