O mercado financeiro tem reagido com indisfarçável desânimo às mexidas do governo na Petrobras. “Acorde-me quando terminar outubro”, escreveu Pedro Soares, analista do banco BTG Pactual, em relatório enviado a investidores que trata da crise dos combustíveis.
“A história da Petrobras é o retrato deste governo: bipolar e intervencionista”, afirma Luiz Alves, sócio-fundador da Versa Asset, gestora de um dos fundos multimercados mais rentáveis do país.
A renúncia de José Mauro Coelho, que até ontem ocupava o posto de presidente da Petrobras, foi mais um gatilho para a enxurrada de críticas que o governo vem recebendo. “Sob qualquer ângulo que se analise o episódio, trata-se de uma maluquice completa”, diz o economista-chefe de uma grande casa de análise, que prefere não ser identificado.
“Meus clientes perguntam o que vai ocorrer com a estatal, e pela primeira vez na vida digo que é impossível projetar cenários. Tudo pode acontecer, e isso é péssimo para a reputação da empresa.”