Nos últimos anos, as startups – pelo menos a maioria delas – foram quase sempre apontadas como empresas revolucionárias que cresceriam de forma infinita e mudariam radicalmente o ambiente de negócios no Brasil e no mundo. Pois bem, a realidade agora parece ter batido à porta desse universo. Nas últimas semanas, companhias como Kavak, Loft, Mercado Bitcoin, Quinto Andar e Shopee demitiram milhares de profissionais, alguns deles contratados recentemente, conforme depoimentos indignados publicados nas redes sociais. O corte mais recente foi anunciado pelo fintech Ebanx, que eliminou 360 profissionais, algo como 20% de seu quadro formado por 1,7 mil pessoas. Depois do crescimento sem freio nos últimos anos, as empresas de base tecnológica amargam resultados decepcionantes em 2022. Além disso, a alta dos juros tornou o crédito mais caro e dificultou investimentos. É a tempestade perfeita para quem imaginava ter apenas céu de brigadeiro pela frente.
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Os azeites brasileiros estão com tudo. Dois deles ganharam recentemente importantes prêmios internacionais. O Arbequina, produzido pela Milonga na cidade gaúcha de Triunfo, foi eleito por um concurso italiano o melhor do Hemisfério Sul. No início de maio, o Sabiá, fabricado na paulista Santo Antônio do Pinhal, ingressou na seleta lista elaborada pela associação espanhola Evooleum Awardsm como um dos 10 melhores do planeta. E mais: foi o único representante fora da Europa.
Brasil deverá ter juros altos por muito tempo
O Brasil deverá conviver com taxas de juros elevadas por quanto tempo? Para o mercado financeiro, os patamares altos deverão ser mantidos em 2023, ao contrário do que se imaginava antes. A mudança de perspectiva se deve à inflação, que não dá trégua. Incertezas políticas e o cenário internacional adverso também são complicadores. “A inflação tem sido muito mais persistente do que se previa”, disse Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional, em evento do BTG Pactual.
Novela de privatização da Petrobras ganha mais um capítulo
Uma teoria que ganhou volume nos últimos dias supõe que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está aumentando a pressão sobre a Petrobras para então privatizá-la. De acordo com essa corrente, a ideia seria mostrar para a sociedade que, sob gestão pública, a petrolífera é apenas uma fonte de problemas. Analistas argutos, contudo, acham que tudo não passa de jogo de cena. É improvável que o governo venda suas ações da Petrobras ainda em 2022. Lembre-se: faltam só seis meses para acabar o ano.
Rapidinhas
- A seguradora Zurich certificou 55 oficinas mecânicas de sua rede referenciada com o “Selo Verde”, iniciativa que auxilia as unidades na implantação de práticas sustentáveis para realização de serviços de reparos automotivos. Inédito no país, o projeto é fruto de parceria com o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA).
- A pandemia levou ao aumento da procura por crédito. Na fintech Creditas, os empréstimos com garantia de veículo aumentaram 56% de janeiro a abril de 2022 diante de igual período de 2021. O número de pessoas que usaram os recursos para investir em um negócio subiu 42%. Entre as que destinaram o dinheiro para pagar dívidas, a alta foi de 36%.
- As exportações brasileiras de ovos (tanto in natura quanto processados) totalizaram 628 toneladas em maio, o que representou um aumento de 33,5% em relação a igual mês de 2021. Na mesma base comparativa, as receitas com as vendas ao exterior cresceram 138,6%. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
- A americana Mondelez comprou, por US$ 2,9 bilhões, a conterrânea Clif Bar & Company, que fabrica barras energéticas com ingredientes orgânicos. A Mondelez está com apetite aguçado. Em abril, havia adquirido a confeitaria mexicana Ricolino por US$ 1,3 bilhão, reforçando assim a presença na América Latina.
3,5 mil
funcionários da fabricante de carros elétricos Tesla serão demitidos. Segundo Elon Musk, sua empresa “cresceu muito rápido” e agora precisa fazer ajustes
“Todos os nossos movimentos estão na direção correta. O Brasil está condenado a crescer. Ele vai crescer”
Paulo Guedes, ministro da Economia. A verdade dos números, contudo, é bem diferente do otimismo que o ministro prega