As denúncias de assédio sexual envolvendo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães (D), que ontem foi afastado do cargo, chamaram a atenção para um flagelo do mundo corporativo nacional. Um estudo realizado pela consultoria Think Eva indicou que quase metade das brasileiras (47%) já passou por esse constrangimento no ambiente de trabalho.
Outro levantamento, desta vez feito pela empresa de gestão de recursos humanos Mindsight, revelou que as mulheres sofrem três vezes mais assédio sexual do que homens. O quadro é grave e ainda pouco combatido dentro das empresas por uma razão óbvia: os homens, afinal, ocupam a maior parte dos cargos de liderança e costumam impedir que denúncias desse tipo sigam adiante. Segundo funcionárias da Caixa, não é de hoje que Pedro Guimarães é conhecido por suas investidas contra mulheres, mas ele jamais foi incomodado por isso. Mas o mundo está mudando e denúncias como essa certamente vão encorajar outras vítimas.
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As companhias aéreas não param de reclamar do aumento de custos. Entre 1º de janeiro e 1º de junho, o querosene de aviação subiu 64,3% no Brasil – muito acima da inflação, portanto –, o que faz o valor do combustível no país ser 40% superior à média global. Não à toa, os preços dos bilhetes disparam e as empresas já temem que a recuperação no pós-pandemia não terá a intensidade esperada. Em maio, todas as aéreas notaram forte aumento da demanda tanto para voos nacionais quanto internacionais.
Aérea colombiana chega ao Brasil, mas fiascos recentes preocupam
Recém-chegada ao Brasil, a companhia aérea colombiana de baixo custo Viva pretende explorar 30 rotas no país. Por enquanto, a empresa opera apenas voos entre São Paulo e Medelín três dias por semana. Não será tarefa fácil vingar no mercado brasileiro. Projetos que pareciam promissores, como as chegadas da espanhola Air Europa e da norueguesa Norwegian, não emplacaram. Também foi um fiasco a investida no setor da brasileira Itapemirim Transportes Aéreas (ITA).
BYD quer vender 20 mil elétricos no Brasil em 2023
A chinesa BYD, maior fabricante de carros elétricos da Ásia, quer vender 20 mil carros no Brasil em 2023. Para isso, a montadora aposta as suas fichas no SUV Song Plus, que chegará ao mercado brasileiro em agosto. Capaz de rodar até 50 km em modo elétrico, o veículo custará em torno de R$ 250 mil – deverá, portanto, ser o mais barato do segmento híbrido plug-in a rodar no país. No mundo, a BYD vende cerca de 100 mil carros elétricos por mês. Um ano atrás, o número não chegava a 50 mil.
75%
dos jovens brasileiros requerem ser influenciadores digitais, segundo pesquisa realizada pela agência de marketing INFLR. Eles sonham com a fama e o dinheiro
RAPIDINHAS
- As empresas de streaming estão de olho na transmissão de eventos esportivos. Um estudo encomendado pela Amazon estima que o público que acompanha competições esportivas ao vivo deverá aumentar 71% entre 2021 e 2025. Nesse período, serão realizadas uma Copa do Mundo (no Catar) e uma Olimpíada (Paris).
- Os pets estão invadindo os shopping centers do Brasil. Segundo dados da Abrasce, a associação do setor, 9 em cada 10 estabelecimentos já permitem que os animais circulem pelos locais, desde que na coleira e acompanhados pelos donos. Além disso, 41% dos shoppings brasileiros possuem pet shops.
- Uma pesquisa feita pela consultoria Deloitte em parceria com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores revelou que 87% das empresas de capital aberto do país aumentaram o envolvimento com temas ligados à agenda ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança). E vem mais por aí: 60% deles esperam aumentar o orçamento destinado à área.
- A fabricante brasileira de alimentos para cães e gatos Premierpet, dona das marcas Golden e Premier, inaugura hoje sua quarta fábrica no país. A unidade localizada na cidade paranaense de Porto Amazonas consumiu R$ 1,1 bilhão em investimentos e tem capacidade para produzir 660 mil toneladas de ração seca por ano.