A economia americana vai entrar em recessão? Em relatório recente, a gestora Bridgewater disse que sim: “Ao longo dos últimos 60 anos, houve apenas outras sete situações em que estivemos tão pessimistas com a economia dos Estados Unidos quanto estamos hoje. Em todas as outras vezes, a economia se enfraqueceu e correu abaixo de seu potencial, sendo que apenas em uma delas não aconteceu uma contração de fato. A principal diferença de hoje frente às demais situações anteriores é que, desta vez, a deterioração das condições financeiras é significativamente pior do que nos outros casos.”
O pessimismo é evidente. Uma consulta feita pela Bloomberg com três dezenas de economistas concluiu que a probabilidade de contração nos próximos meses é de 47,5%, bem acima dos 30% apurados em junho e dos 20% em março. Os especialistas esperam uma queda significativa do lucro corporativo nos próximos meses.
Indústria automotiva global tem ociosidade de 40%
A indústria automotiva global enfrenta um cenário desafiador. Atualmente, a capacidade produtiva mundial é de 135 milhões de veículos por ano, mas são consumidos apenas 80 milhões. Ou seja, o índice de ociosidade está em torno de impressionantes 40%.Fatores estruturais como a falta de componentes certamente ajudaram a piorar esses números, mas mudanças recentes na sociedade trazem maior preocupação. As novas gerações, seja no Brasil ou nos países desenvolvidos, demonstram desinteresse
por automóveis.
Ações da Cielo disparam 80% em 2022
Está difícil ganhar dinheiro na bolsa brasileira, mas sempre existem boas oportunidades. Depois de sofrer em 2021, as ações da empresa de meios de pagamento Cielo subiram aproximadamente 80% em 2022 – é a maior alta do ano entre as integrantes do Ibovespa, o principal índice da B3. A Cielo, de fato, vive bom momento. Um relatório da casa de análises de investimento Empiricus estima que, na comparação anual, a companhia aumentará seus lucros em 15% em 2022 e 20% em 2023.
66 milhões
de pessoas estão inadimplentes no Brasil, segundo a Serasa Experian – é o maior contingente desde o início da série histórica, em 2016
Rendimento do ouro perde feio para a inflação
O ouro sempre foi considerado o ativo mais seguro para investir em tempos de crise, mas desta vez é diferente. Nos últimos doze meses, o grama do metal precioso negociado na B3 recuou 1,8%. No mesmo período, a inflação foi de 11,89%. Em Nova York, o quadro é pior ainda – por lá, o ouro caiu 5%, enquanto a inflação acumulada no período de um ano chegou a 9%. Segundo especialistas, o movimento se deve à alta de juros nos Estados Unidos, que tornou os investimentos em renda fixa mais vantajosos.
"Aquele desejo de possuir um automóvel, observado em décadas passadas, hoje é menos evidente"
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos
RAPIDINHAS
- O frete gratuito oferecido por empresas de comércio eletrônico pode estar com os dias contados. Com o custo do combustível nas alturas, as companhias do ramo já pensam em rever suas políticas de preços. Em média, os combustíveis respondem por 40% dos custos de um operador logístico, mas o percentual aumentou nos últimos meses.
- A Via, ex-Via Varejo e dona das marcas Casa Bahia e Ponto, lançou um game que ensina os lojistas a vender mais. Chamado “Destino: Minhas Vendas”, o jogo está disponível na Via Academy, plataforma de treinamento para os profissionais da empresa. Nos Estados Unidos o uso de recursos desse tipo é comum para treinar colaboradores.
- A crise econômica e a pandemia deixaram os profissionais brasileiros exauridos. Segundo levantamento da startup Pulse com trabalhadores de empresas de diversos tamanhos, 81% deles se sentem esgotados após um dia de labuta. Além disso, 60% perderam a disposição para enfrentar a rotina e 51% sofrem para cumprir suas tarefas.
- Os carros autônomos continuam falhando feio. Durante test-drive realizado em ruas próximas à sede da Apple no Vale do Silício, os veículos saíram da pista no meio de cruzamentos e esbarraram no meio-fio. Nos Estados Unidos, os carros sem motorista da Tesla se envolveram em 200 acidentes nos últimos três anos.