As mudanças de hábitos de consumo impulsionaram o delivery de todo tipo de produto – de comida a eletrônicos. Agora, contudo, descobre-se que há um lado preocupante nesse movimento. Segundo estudo da consultoria Ex Ante, o sistema de entregas de mercadorias aumentou em 46% o volume de lixo plástico produzido no Brasil. No ano passado, o delivery gerou 68 toneladas por dia de plástico, sendo que boa parte é descartada de maneira equivocada, poluindo principalmente rios e oceanos. O cenário já é grave. Uma projeção feita pelo instituto de pesquisas independente Pew Charitable Trustalerta alerta que a quantidade de resíduo plástico depositado nos oceanos aumentará de 11 milhões para 29 milhões de toneladas nos próximos 20 anos, deixando um acúmulo de 600 milhões de toneladas à deriva nos oceanos. O plástico é nocivo para toda a vida marinha – mata até grandes animais como baleias, golfinhos e tartarugas.
Estoques cheios preocupam grandes varejistas
A pandemia desequilibrou o fluxo entre produção e consumo de diversos produtos. Como resultado, os estoques das grandes varejistas nunca estiveram tão cheios. Um levantamento realizado pela consultoria FacSet constatou que, no final de março, o volume de itens guardados nos galpões de 2.349 companhias globais chegou ao valor recorde de US$ 1,87 trilhão – é o triplo do que se costumava ver antes da crise de COVID-19. Não custa lembrar que produto parado sempre resulta em prejuízo.
Pandemia obrigou 63% das famílias a reduzir gastos
Um levantamento realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, a pedido da SulAmérica, escancara o sufoco financeiro dos brasileiros. Após o início da pandemia, 63% das famílias precisaram reduzir gastos. Para 47% da população, a saúde financeira é o principal motivo de preocupação no dia a dia, enquanto 49% afirmam estar “apertados” financeiramente. E mais: 32% não possuem renda suficiente nem sequer para arcar com os custos básicos de casa e 39% tiveram de recorrer a empréstimos no último ano.
Mercado de apostas esportivas dobra de tamanho na pandemia
O mercado de apostas esportivas é um dos mais rentáveis do mundo. Em 2019, movimentou US$ 77 bilhões. No ano passado, o número quase dobrou, chegando a US$ 131 bilhões, segundo estudo realizado pela consultoria brasileira Sports Value. O futebol tem aproveitado a onda. Calcula-se que 25% dos R$ 805 bilhões captados em patrocínio pelos 20 maiores clubes brasileiros tenham como origem empresas desse tipo. Para especialistas, a tendência é que a participação aumente ainda mais.
R$ 2,8 bilhões
foi o prejuízo da Gol no segundo trimestre. A empresa lucrou R$ 642,9 milhões no mesmo período do ano passado
RAPIDINHAS
- A Bin, empresa de soluções de pagamentos da Fiserv, líder global em tecnologia de serviços financeiros, lançou novo programa de franqueados. A ideia é levar seus serviços de maquininha de cartão para mais negócios. Segundo a companhia, o novo modelo traz vantagens, como a remuneração 20% superior à média do mercado.
- O volume de crédito concedido pelo sistema financeiro avançou 16,8% no acumulado de doze meses até abril, conforme dados apurados pelo Banco Central. O interessante é que o crescimento se deu mesmo em um cenário de aumento de juros. De acordo com o BC, o volume de empréstimo sobe na casa dos dois dígitos desde julho de 2020.
- A varejista Polishop fechou parceria com a Xiaomi para vender com exclusividade produtos da marca chinesa no Brasil. O projeto é válido para 26 unidades da Polishop no país – são dezessete em São Paulo, três no Distrito Federal, quatro na Região Nordeste e uma no Rio de Janeiro. Com novos pontos de venda, a Xiaomi tende a avançar no país.
- A indústria automotiva está prestes a introduzir um novo item de segurança. Especializada em veículos autônomos, a startup americana Nuro vai instalar airbags externos em seus furgões. Em freadas bruscas ou colisões, o equipamento infla e protege quem está na rua – pedestres, ciclistas ou motociclistas.