Os investidores estrangeiros passaram a enxergar o Brasil com maior cautela. Pelo menos é isso o que mostra o desempenho do CDS (Credit Default Swap) brasileiro. Em linhas gerais, o índice apurado pela IHS Markit consiste em uma unidade de medida para os investidores saberem se é seguro ou não injetar recursos em um país – quanto mais baixo for o indicador, maior é a confiança em investir. Em 2022, o CDS do Brasil subiu 18%. Em julho, atingiu o maior patamar desde abril de 2020, no início da pandemia de COVID-19. Diversos fatores explicam o aumento do indicador, do cenário fiscal incerto à inflação alta, da interferência do governo nos preços dos combustíveis à tensão política. É preciso dizer, porém, que a taxa CDS tem aumentado para a maioria dos países, o que se deve à piora da conjuntura econômica mundial. O risco Brasil atingiu o patamar mais elevado em 2015, durante o governo Dilma Rousseff.
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RAPIDINHAS
- A Unico (sem acento mesmo), empresa especializada em soluções de identidade digital como biometria facial e assinatura eletrônica de documentos, pagou R$ 150 milhões pela MakroSystems, startup brasileira da área da tecnologia da informação. Segundo a Unico, a aquisição deverá ajudá-la a aprimorar os seus sistemas antifraudes.
- Os brasileiros invadiram a Argentina. De acordo com levantamento feito pela plataforma de viagens Decolar, no primeiro semestre a demanda por viagens para o país vizinho disparou 234% em relação ao mesmo período do ano passado. Bariloche, Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Ushuaia foram os destinos mais procurados.
- As startups brasileiras captaram em julho US$ 235,6 milhões, menos da metade do montante levantado no mesmo mês do ano passado. Os dados da plataforma de inovação Distrito são o retrato perfeito das dificuldades enfrentadas pelo segmento em 2022. Com a crise global, os investimentos tendem a ser feitos com maior cautela.
- O mercado de carros importados derrapa em 2022. Em julho, conforme dados da Abeifa, a associação do setor, apenas 1.401 automóveis estrangeiros foram vendidos no Brasil, o que representa uma queda de 45% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Atualmente, os importados respondem por apenas 2,2% do mercado total.