Já houve um tempo em que metas ambientais eram apenas jogo de cena das empresas para transmitir uma imagem positiva ao mercado. Hoje em dia é diferente. Os indicadores são acompanhados de perto por certificadoras que não se arriscariam a ludibriar a opinião pública com avaliações fajutas. O mercado de crédito de carbono foi outro fator que conferiu maior seriedade a esse tema. Como se sabe, os créditos de carbono são certificados atrelados a projetos de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE). Essa diminuição é quantificada (em toneladas de gases) e convertida em títulos negociados com governos, empresas e até pessoas físicas. Portanto, o que está em jogo é dinheiro – muito dinheiro, diga-se. Segundo estudo realizado pelas consultorias ICC Brasil e Way Carbon, o mercado brasileiro tem potencial para gerar US$ 100 bilhões em receitas até 2030. Ou seja: cedo ou tarde, nenhuma empresa vai querer ficar fora disso.
Buffett diminui aposta no setor de carros elétricos
Os carros elétricos são uma aposta promissora para o futuro, certo? Para o lendário investidor Warren Buffett, nem tanto. A Berkshire Hathaway, sua empresa de investimentos, vendeu 1,3 milhão de ações da fabricante chinesa de veículos elétricos Byd, num total de US$ 47 milhões. Ainda assim, a sua participação na montadora é alta (19,9%). A Byd vive o melhor momento desde que foi fundada, em 2003. No primeiro semestre, superou a americana Tesla como a maior produtora de elétricos do mundo.
Indústria de gás natural vive novo ciclo de expansão
Em virtude dos valores elevados e da expectativa de maior demanda por gás natural, o mercado global do combustível vem passando por um ciclo de expansão, com empresas desenvolvendo novos projetos de produção e liquefação. Para Eduardo Antonello, fundador das empresas de infraestrutura Golar Power e Sunshine LN, o momento é estratégico. “O desafio está em convencer o mercado a focar numa visão de longo prazo e compreender que a substituição da matriz energética global demora para ocorrer”, diz.
Azul fecha 2021 na liderança do mercado aéreo doméstico
A companhia aérea Azul liderou o mercado doméstico brasileiro em 2021. No período, transportou 22,8 milhões de passageiros, à frente da Latam (19,9 milhões) e Gol (18,8 milhões). A empresa repetiu o desempenho nas decolagens, respondendo por 41,7% do total de voos realizados no país, enquanto Latam e Gol ficaram, respectivamente, com fatias de 26,1% e 24,4%. Os dados fazem parte do Anuário do Transporte Aéreo 2021, publicado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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Mesmo com eleição tensa, mercado financeiro não espera sustos na BolsaPreço das passagens aéreas deverá diminuir nos próximos diasCorrida eleitoral domina publicações nas redes sociaisEnfim, um pouco de otimismo no ar66,8 milhões
de brasileiros não conseguem pagar em dia suas contas, segundo a Serasa Experian. Em apenas um ano, 4,6 milhões de pessoas se tornaram inadimplentes
RAPIDINHAS
- A montadora Nissan e a empresa de aluguel de carros Movida fecharam parceria para estimular o uso de carros elétricos na região sul do Brasil. O projeto, que terá o apoio da rede de postos Sim e da startup Zletric, consiste na instalação de pontos de recarga espalhados por rodovias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
- O mercado brasileiro de crédito está em expansão. De acordo com informações do Banco Central, o saldo de empréstimos concedidos pelo sistema financeiro chegou a R$ 4,96 trilhões, o que representa um avanço de 17,8% nos últimos 12 meses. O BC diz que o número corresponde à maior taxa de crescimento desde 2012.
- O e-commerce chinês AliExpress tem planos ambiciosos para o Brasil. Um dos objetivos para 2023 é inaugurar um Centro de Distribuição próprio, o que certamente tornaria mais ágil as remessas dos vendedores brasileiros que estão plugados na plataforma. Atualmente, a empresa opera oito voos fretados semanais.
- O Waze Carpool, serviço de carona criado pelo aplicativo de mobilidade em 2016, será descontinuado em todos os países onde opera, inclusive no Brasil. Segundo o Google, dono da plataforma, a pandemia e o trabalho remoto afetaram o negócio, mas a verdade é que ele jamais decolou. O fim da operação ocorrerá já em setembro.