A campanha de Lula atraiu o time responsável pelo Plano Real, que ceifou a inflação no país e colocou a economia nos trilhos. Nesta semana, declararam apoio ao candidato petista nomes como Edmar Bacha, Persio Arida e Armínio Fraga, este último ex-presidente do Banco Central.
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Ações das estatais devem oscilar com força até o fim da eleiçãoMercado financeiro comemora a eleição de um Congresso mais à direitaDe reformas ao combate à fome, os desafios do próximo presidenteAté ícones globais do liberalismo estão com Lula. Nas últimas horas, a revista britânica “The Economist”, a mais importante publicação de economia do mundo, defendeu o voto contra Bolsonaro.
Espera-se que, se vencer a eleição, Lula aproxime-se dos economistas que o apoiaram e não se deixe levar por imperdoáveis tentações populistas. Por ora, o nome mais cotado para o Ministério da Fazenda é o de Meirelles, que tem bons serviços prestados nos governos Lula e Temer.
Intenção de compra para a Black Friday supera a de 2021
A edição 2022 da Black Friday, que será realizada no final de novembro, deverá superar com folga as vendas de 2021. Pelo menos é isso o que mostra um novo estudo realizado pela Ecglobal, empresa do Grupo Stefanini: 76% dos entrevistados disseram que pretendem ir às compras durante o evento. Na pesquisa anterior, feita antes da Black Friday 2021, o índice foi de 65%. No ano passado, o período promocional movimentou R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 5,8% em relação a 2020.
Apoio de FHC gera discordância entre investidores
O apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (foto) à candidatura de Lula deixou o mercado financeiro atordoado. Ontem, um grupo de WhatsApp formado por ilustres gestores ferveu após FHC anunciar a sua decisão. Os debates foram tão ferozes que dois participantes deixaram grupo e um deles foi expulso após afirmar que “o mundo está cheio de idiotas.” A terrível polarização está presente até mesmo nos grupos de investidores, que deveriam olhar para o país
com isenção.
Para Goldman Sachs, bolsonarismo veio para ficar
Um relatório elaborado pelo banco americano Goldman Sachs analisa, com a vantagem do olhar isento, o resultado da eleição no Brasil. Em linhas gerais, o documento diz que o bolsonarismo veio para ficar: “Mesmo que o presidente Bolsonaro (foto) acabe perdendo o segundo turno, o bolsonarismo como filosofia política e identidade ganhou raízes mais profundas nesta eleição.” O Goldman também acha que a política econômica de um novo governo Lula fará acenos para o centro. É o que mercado espera.
1,3%
é a queda da produção industrial no acumulado do ano, segundo o IBGE. O setor tem sofrido com as oscilações da economia brasileira
“Teremos uma relação construtiva com quem for eleito. Aumentar o crescimento econômico será
uma preocupação de qualquer governo”
• William Maloney, economista-chefe para a América Latina e Caribe do Banco Mundial
RAPIDINHAS
• A General Motors anunciou a adoção do terceiro turno na fábrica de motores em Joinville (SC), o que exigirá a abertura de 130 novos postos de trabalho. Com isso, o efetivo total da unidade passará a ser formado por 762 trabalhadores. Segundo a empresa, a iniciativa aumentará a capacidade de produção em 30%.
• A partir de dezembro, a Latam Brasil terá voos diretos de Brasília para Navegantes, em Santa Catarina, e Uberlândia, em Minas Gerais. Com isso, serão 36 destinos domésticos conectados a partir da capital distrital. O aeroporto é o segundo maior hub da companhia no Brasil, depois de São Paulo-Guarulhos, que se conecta a 46 lugares.
• A corretora Rico, que pertence ao grupo XP, entrou firme na concorrência com as fintechs ao lançar conta digital e cartões de débito e crébito. Os serviços, ainda em desenvolvimento, foram apresentados a uma parcela de clientes selecionados, mas serão abertos a todos os usuários da corretora até o final do ano.
• O Texbrasil, programa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), investirá R$ 36 milhões para promover negócios de empresas brasileiras no exterior. Serão trabalhados mercados nos Estados Unidos e França,
entre outros.