Nem todo o mercado financeiro, que apoiou em peso a reeleição de Jair Bolsonaro, está pessimista com o futuro governo. Fundador da gestora SPX Capital e nome de respeito na indústria financeira, Rogério Xavier vai na contramão de seus pares. Em evento promovido pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, Xavier deixou claro que, para ele, é hora de aumentar a aposta no país. “O Brasil está de graça”, disse. “Tenho uma visão otimista sobre o discurso, não do PT, mas do candidato eleito.”
Por sua vez, outro ícone do mercado, Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, não vê motivos para ânimo. Sua gestora produziu uma carta que faz duras críticas aos primeiros sinais emitidos pelo novo governo. “A tal PEC da Transição está se tornando (mais um) trem da alegria brasiliense de crescimento dos gastos descontrolados, e a mídia já fala de mais de R$ 200 bilhões de gastos, algo completamente descabido, para falar o mínimo.”
Agronegócio se une para combater desmatamento
Gigantes do agronegócio estão dispostos a ampliar iniciativas para combater o desmatamento no Brasil. Empresas como ADM, Amaggi, Bunge, Cargill e JBS apresentaram na COP 27 projeto compartilhado para redução das emissões de CO2 decorrentes de suas atividades. “Para avançar da maneira mais rápida no Brasil, o setor deve se concentrar nas principais áreas e impulsionadores do desmatamento: a Amazônia e o desmatamento ilegal”, disse o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni.
Número de usuários de planos de saúde atinge maior patamar em sete anos
O setor de planos de saúde fechou setembro com o maior número de usuários em 7 anos. Segundo dados apurados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 50,2 milhões de brasileiros estavam cobertos por esse tipo de serviço naquele mês. Para as empresas, o resultado se deve ao efeito pandemia. Desde a crise da Covid-19, quando a saúde passou a ser prioridade para a maioria das pessoas, o mercado vem observando um aumento expressivo do número de beneficiários.
Celebridades abandonam Twitter
Não está fácil a vida de Elon Musk. Depois de comprar o Twitter, o bilionário passou a enfrentar o repúdio de celebridades americanas, que abandonaram em peso a rede social. Segundo elas, ao afrouxar as regras contra discursos de ódio, Musk contribui para o aumento da intolerância na sociedade. Entre os nomes que fecharam suas contas no Twitter estão a apresentadora Whoopi Goldberg (foto), a cantora Toni Braxton e o diretor de cinema e roteirista Brian Koppelman, criador da série “Billions”.
RAPIDINHAS
• O longo inverno das criptomoedas persistirá por um bom tempo. Em evento realizado em São Paulo, especialistas do setor afirmaram que a cotação das moedas virtuais voltará a subir com força apenas a partir de 2024, quando elas provavelmente passarão a ser usadas por grandes empresas. Até lá, o cenário deverá ser desanimador.
• As últimas horas foram de terror para os investidores em moedas virtuais. O bitcoin chegou a cair 15% em um único dia. Sua rival Ethereum foi no mesmo embalo, com tombo de 20%. O mercado entrou no modo pânico com problemas de liquidez do Token FTT, da plataforma FTX, que desmoronou 90% e sofreu US$ 6 bilhões em resgates.
• A Coca-Cola é a marca mais lembrada pelos brasileiros quando o assunto é Copa do Mundo. A constatação veio de pesquisa feita pela empresa de monitoramento de mercado Hibou, que entrevistou 2.400 pessoas. Depois da Coca-Cola, que é parceira oficial da Fifa, as marcas mais reconhecidas foram Nike, Guaraná Antarctica, Itaú e Vivo.
• A disputa pela liderança no transporte aéreo de cargas está cada vez mais acirrada. Em setembro, a Latam Cargo assumiu a ponta do mercado doméstico brasileiro, com participação de 31,6%. No seu encalço está a Azul (30,7%) e mais atrás aparece a Gol (15,3%). Os dados são da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
‘’O Lula gastará muito dinheiro em infraestrutura para ajudar os pobres, o que seria bom para a economia em geral”
• Mark Mobius (foto), gestor americano, que é referência global em investimentos em mercados emergentes
206 mil
veículos foram fabricados no Brasil em outubro, o que representa recuo de 0,8% em relação a setembro. O setor, contudo, produziu 1,96 milhão de unidades de janeiro a outubro, crescimento de 7,1% no comparativo anual. Os dados são da Anfavea, a associação do setor