Jornal Estado de Minas

MERCADO S/A

Empresas se preparam para nova onda de COVID-19


A COVID está de volta. Com o aumento do número de casos nas últimas semanas, algumas medidas adotadas no auge da crise começam a ressurgir.

Por decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a partir de amanhã o uso de máscaras em aviões e aeroportos será novamente obrigatória no Brasil. A exigência volta a ser aplicada pouco mais de três meses após ser derrubada.



Algumas empresas já começam a avaliar a retomada do home office ou até a antecipação de folgas previstas para o final de ano.

Restaurantes e bares ligaram o sinal de alerta e os shoppings temem quedas no fluxo de frequentadores exatamente no período mais forte do ano, com Black Friday e Natal.

Especialistas, contudo, dizem que é improvável que a explosão atual de casos atinja os patamares de 2020 e 2021. Trata-se de um surto, algo que fará parte da rotina das pessoas provavelmente durante um bom tempo.

Credit Suisse enfrenta resgates em massa

O banco suíço Credit Suisse, fundado em 1856, enfrenta a maior crise financeira e de credibilidade de sua história.  Agora, surge um problema adicional: a debandada de clientes de alta renda. Apenas nas duas últimas semanas, os ricos resgataram US$ 66,7 bilhões. No Brasil, os clientes também estão ressabiados. Em outubro, os fundos de investimentos negociados no país tiveram saques R$ 4,5 bilhões, conforme dados da Anbima, associação que representa o mercado de capitais e de investimentos.




Plataforma Zoom sofre com a volta da normalidade

A plataforma de videoconferência Zoom aproveitou como ninguém as restrições de circulação impostas pela pandemia. No auge da crise de COVID-19, suas receitas dispararam 200% e o número de usuários quintuplicou. Com a volta da normalidade – embora haja sinais do avanço do vírus em diversos países –, a empresa vive agora situação oposta. A queda da procura por seus serviços levou à perda de receitas e à queda substancial do lucro. Desde outubro de 2020, suas ações recuaram 90%.

Ibovespa subiu com força nos dois governos Lula

O mercado está apreensivo com o futuro governo Lula, mas nem tudo está perdido, pelo menos se o passado for considerado para efeito de comparação. Segundo levantamento realizado 
pela consultoria Economatica, o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, saltou 323% entre 2002 e 2026, período coberto pelo primeiro governo Lula. Em seu segundo mandato, que abrange o período entre 2006 e 2010, os ganhos foram menores, mais ainda assim expressivos: 90%.

RAPIDINHAS

• O turismo brasileiro engatou forte recuperação. Segundo o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o setor faturou em setembro, considerando dados de todo o país, R$ 18 bilhões. Trata-se do melhor resultado para o mês desde 2014.  No ano, o setor avança 32%.





• O mercado pet se tornou nos últimos anos um celeiro de bons negócios no Brasil. A novidade agora é a telemedicina para os animais de estimação. Criada em junho passado, a Dr Mep possui uma rede com 300 veterinários parceiros, inclusive em áreas de especialidade, como cardiologia, dermatologia e endocrinologia.

• A Fertilizantes Heringer revelou que fraudes internas na contratação de serviços de manutenção entre 2019 e 2022 movimentaram R$ 50,7 milhões. De acordo com a investigação conduzida por consultores independentes e contratada pela própria empresa, funcionários manipularam concorrências e superfaturaram pagamentos.

• O movimento nas lojas de shoppings e de ruas está longe de alcançar os níveis de 2019. Segundo levantamento da Virtual Gate, empresa que monitora o número de brasileiros em 2,7 mil lojas espalhadas pelo país, o fluxo observado entre janeiro e novembro de 2022 é 19% menor do que no mesmo período de três anos atrás, antes da pandemia.

“O mundo está muito endividado e o Brasil precisa demonstrar um equilíbrio nas contas daqui para frente”
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

30 mil 

profissionais deverão ser demitidos pelas big techs, as grandes empresas de tecnologia, entre 2022 e 2023. O novo anúncio de cortes veio da americana HP, que ceifará 6 mil vagas