Os preços das passagens aéreas continuam nas alturas. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa média do bilhete doméstico foi, em setembro de 2022, 40% mais alta do que no mesmo mês de 2019, antes da pandemia. Por que subiu tanto? As companhias aéreas têm a resposta na ponta da língua: no mesmo período, o valor do querosene de aviação disparou 128%. Os preços das passagens também subiram nos voos internacionais, mas em ritmo menor: 30% na comparação com 3 anos atrás. De qualquer maneira, o setor está prestes a reencontrar céus de brigadeiro. Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês), as companhias aéreas deverão voltar a lucrar globalmente em 2023 após três anos de dificuldades trazidas pela pandemia de COVID-19. A entidade calcula que os lucros chegarão a US$ 4,7 bilhões no ano que vem, o que significará o primeiro resultado positivo desde 2019.
Preços das commodities deverão favorecer novo governo
O governo Lula deverá ser beneficiado pelo cenário econômico global. Pelo menos essa é a avaliação do economista Chris Garman, diretor da consultoria Eurasia, uma das mais respeitadas do mundo. “Os preços das commodities devem continuar elevados, favorecendo as exportações brasileiras, e há um processo de reorganização das cadeias de fornecimento global, além de possibilidade de aumento de investimentos em um destino seguro no atual cenário”, disse Garman em evento promovido pelo Banco Safra.
Nubank expande negócios no México
O Nubank anunciou uma capitalização de US$ 300 milhões em sua operação no México. De acordo com o banco, a ideia é investir os recursos na expansão dos negócios no país. Com uma base crescente de clientes – são três milhões atualmente –, o México se firmou como o segundo maior mercado do Nubank no mundo, atrás apenas do Brasil. Também nesta semana, a instituição foi autorizada pelas autoridades regulatórias locais a lançar produtos como poupança digital e cartão de débito.
Vendas de imóveis novos crescem com ajuda do alto padrão
Apesar do cenário de juros elevados ao longo do ano, as vendas de imóveis novos crescem em bom ritmo em 2022. De acordo com novo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os contratos assinados acumulam alta de 13,5% no ano. O segmento de médio e alto padrão tem sido o principal responsável pelo desempenho, com avanço expressivo de 87,4% das transações.
60%
dos brasileiros não sabem o que é o open finance, o novo sistema financeiro aberto, segundo levantamento realizado pela fintech Provu
RAPIDINHAS
- A BlackRock, maior e mais influente gestora de ativos do mundo, diminuiu nos últimos dias a participação acionária em duas empresas brasileiras: na petrolífera Prio (antiga PetroRio) e na fabricante de cosméticos Natura. Ainda assim, a presença da gestora se mantém relevante, com 4,99% do capital social da Prio e 4,94% da Natura.
- O mercado de turismo sustentável, que consiste em promover a proteção dos ecossistemas e a geração de renda para as comunidades, está em alta. Segundo estudo realizado pela consultoria Future Market Insights, o segmento responde atualmente por 2% da indústria de viagens. Em uma década, a participação chegará a 5%.
- O setor de seguros elaborou uma série de sugestões para apresentar ao novo governo. Entre elas estão a permissão do uso dos recursos da previdência como garantia de operações de crédito e estímulos ao trabalho de corretores de seguros. As pautas foram definidas pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).
- Depois do desempenho recorde em 2021 motivado pela escassez de carros zero, o mercado de usados perdeu fôlego em 2022. De janeiro a novembro, foram vendidos 9,18 milhões de autos e comerciais leves. Segundo a Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários, o resultado significa queda de 11% na comparação anual.