As novas escolhas do futuro presidente Lula para a equipe econômica de seu governo despertaram reações opostas. Num primeiro momento, a definição do nome do ex-presidente do Banco Fator Gabriel Galípolo como secretário-executivo do Ministério da Fazenda – na verdade, ele será o número 2 de Fernando Haddad, o novo chefe da pasta – foi razoavelmente bem aceita pelo mercado financeiro.
Seu ótimo trabalho à frente da Secretaria de Planejamento durante a gestão de José Serra no governo de São Paulo trouxe a esperança de que possa repetir o feito no âmbito federal.
Pouco depois, contudo, veio uma tremenda ducha de água fria com o anúncio de que o desenvolvimentista Aloizio Mercadante assumirá o cobiçado BNDES. Instantes depois de a informação circular, o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, desabou. Mercadante (foto), lembre-se, foi figura-chave no governo Dilma Rousseff e certamente não deixou boas lembranças.