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Por que a Eletrobras não será reestatizada?

O Estatuto Social da Eletrobras prevê que, se o governo quiser recomprar ações para reestatizar a empresa, será obrigado a pagar o triplo da maior cotação


09/01/2023 04:00

Eletrobras/Divulgação
Por que a Eletrobras não será reestatizada? (foto: Eletrobras/Divulgação)


Os discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a agenda de privatização trouxe de volta os debates sobre a reestatização da Eletrobras, a maior geradora de energia elétrica da América Latina. Afinal, qual é a chance de a companhia retomar para a mão pesada da administração pública? A possibilidade é mínima. O Estatuto Social da Eletrobras prevê que, se o governo quiser recomprar ações para reestatizar a empresa, será obrigado a pagar o triplo da maior cotação dos papéis nos últimos dois anos. Como se sabe, o Estado vive situação de penúria – não há, portanto, recursos disponíveis para isso. Um debate que deverá esquentar nas próximas semanas envolve a privatização do Porto de Santos, também o maior da América Latina. Lula não quer dar sequência ao processo iniciado na gestão de Jair Bolsonaro, mas o novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pretende levar a iniciativa adiante.

Com crise global, fusões e aquisições diminuem


A desaceleração da economia global afetou o mercado de fusões e aquisições. De acordo com levantamento realizado pela empresa de dados financeiros Refinitiv, as transações globais somaram US$ 3,61 trilhões em 2022, o que significou uma queda de 37% em relação a 2021. Foi o maior recuo  em termos percentuais desde 2001. Na América Latina, as operações totalizaram US$ 86 bilhões, ou um recuo de 35%. Para especialistas, a tendência é que as fusões e aquisições aumentem em 2023.

Nos investimentos, foco no longo prazo é a estratégia vencedora


Não existe fórmula infalível no mundo dos investimentos, mas ter foco no longo prazo é uma estratégia que costuma ser bem-sucedida. Os acionistas da Meta, ex-Facebook, lamentaram a queda de 65% da cotação das ações da empresa em 2022. Sem dúvida, trata-se de desempenho desastroso. Nos últimos 10 anos, contudo, os papéis da gigante de Mark Zuckerberg tiveram valorização de 346%. Fenômeno parecido ocorreu com a Amazon. Em 2022, suas ações caíram 50%. Na década, avançaram 574%.

Produção de ônibus acelera em 2022


Enquanto o mercado de automóveis segue com o freio de mão puxado, a produção de ônibus no Brasil teve um 2022 para comemorar.  De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o setor produziu 31,7 mil unidades no ano passado, o que representou um avanço robusto de 67,7% sobre 2021. Além do aumento do consumo interno motivado pelo boom das viagens rodoviárias, as exportações também contribuíram para o resultado, com alta anual de 23,1%.

“ Para o país crescer, é preciso retomar investimentos, investimento público direto, mas também dar celeridade a projetos de concessão, licenciamentos e outorgas que possam ser tocados pela iniciativa privada”

 Rui Costa, ministro da Casa Civil

RAPIDINHAS

n Os carros elétricos avançam em marcha lenta. Um relatório do banco americano Citibank constatou que os elétricos e híbridos responderam por 14,6% do mercado automotivo global em 2022. Em 2023, a fatia chegará a 20%. Esperava-se 
que os elétricos representassem mais da metade das vendas até 2025. A marca dificilmente 
será alcançada.

n A importação de máquinas e equipamentos está em alta no Brasil. De janeiro a outubro de 2022, os negócios totalizaram US$ 20,4 bilhões, o que equivale a um crescimento de 13% sobre idêntico período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei).

n O Mercado Livre divulgou seu tradicional relatório sobre os produtos mais vendidos pela plataforma no Brasil. No ano passado, a campeã de encomendas foi a “creatina”, suplemento usado por praticantes de musculação. Depois vieram refletores de LED e leite condensado. Ou seja, os brasileiros se preocupam 
com a boa forma, mas não dispensam doces.

n Os preços dos aluguéis residenciais estão em queda. Em dezembro, eles recuaram 1,19%, sendo que em novembro já haviam caído 0,36%. No acumulado de 2022, contudo, os valores subiram 8,25%. Os novos dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio 
Vargas (Ibre/FGV).


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