O rombo bilionário no balanço da Americanas provocará uma das maiores disputas jurídicas da história do mundo corporativo brasileiro. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança (Ibrasg) abriu ação civil pública contra a PwC, a auditoria que aprovou as contas da empresa. No processo, a entidade pede indenização pelos prejuízos causados a milhares de acionistas. Criado em 2018, o Ibrasg se dedica à defesa dos direitos dos investidores do mercado de capitais. Os tribunais certamente ficarão movimentados nos próximos meses. Também há alguns dias, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu que a Justiça investigue a responsabilidade de Americanas, PwC e B3 na fraude contábil que supera os US$ 40 bilhões. Por que a B3 entrou na história? Segundo a acusação, a bolsa de valores de São Paulo teria sido conivente com a Americanas. A companhia era listada no Novo Mercado, que deveria incluir apenas empresas com elevados níveis de governança.
Latam alcança bom desempenho nas vendas de fevereiro
Santiago, Miami e Lisboa são os destinos internacionais da Latam mais procurados pelos brasileiros que desejam fugir do Carnaval de 2023. É o que aponta um levantamento da companhia aérea baseado na análise de seus canais de vendas. Ao todo, a Latam programou quase 400 voos em fevereiro entre o Brasil e estas três cidades. Com isso, serão transportados cerca de 100 mil passageiros – foram 60 mil em fevereiro de 2022. O desempenho é o retrato da plena recuperação do setor.
Na CVC, reservas confirmadas começam o ano em alta
Se ainda não é euforia, o setor de turismo tem bons motivos para ficar otimista. A CVC, maior grupo de viagens da América Latina, informou, em sua prévia operacional não auditada, que as reservas confirmadas no quarto trimestre de 2022 cresceram 14% em relação ao mesmo período de 2021, totalizando R$ 3,46 bilhões. Os negócios permanecem em ascensão. Em janeiro de 2023, as reservas confirmadas somaram R$ 1,35 bilhão, o que representou um acréscimo de 90% diante de um ano atrás.
Indústria automotiva tem data para total recuperação: só em 2025
Desde o início da pandemia, a indústria automotiva discute quando deverá retomar os níveis de vendas observados antes da crise. A resposta é dura: apenas em 2025. A projeção foi feita pelas consultorias Roland Berger e Lazard, que cruzaram os dados de produção globais, ritmo de demanda, gargalos de logística e indicadores econômicos de diversos países. O aumento dos custos com matérias-primas e de energia e a consequente pressão inflacionária também afetam a recuperação do setor.
Rapidinhas
Mais brasileiros estão buscando espaços de coworking. A Woba, maior ecossistema de soluções de trabalho da América Latina, viu o número de bookings (check in, como registro na rede hoteleira) em Belo Horizonte crescer 378% em 2022 em comparação com 2021. A capital mineira representa 8% dos usuários da plataforma.
A startup brasileira PucMed, especializada na produção da cannabis medicinal, quer ser a primeira empresa do setor a abrir o capital na bolsa de São Paulo. Suas metas são ambiciosas. Segundo os sócios, o objetivo também é ser o primeiro unicórnio – como são chamadas as companhias avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão – da América Latina.
As vendas de microempresas brasileiras cresceram 33% em dezembro de 2022 na comparação com novembro, segundo o Índice SumUp do Microempreendedor – foi a terceira alta consecutiva do indicador. Contudo, o desempenho está 16% abaixo do número observado em dezembro de 2021. A SumUp é uma plataforma especializada em serviços financeiros.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estuda ampliar o período de funcionamento da bolsa em uma ou duas horas. Segundo João Pedro Nascimento, presidente do órgão regulador, a medida incluiria mais investidores do varejo. O executivo diz que, ao chegar do trabalho, eles teriam tempo para operar.
501%
foi quanto aumentou a produção nacional de soja nos últimos 30 anos, de acordo com a Embrapa. No período, o grão se consolidou como o principal ativo agrícola brasileiro
“Até que ponto as últimas décadas, caracterizadas por inflação estável e que não tiveram nada parecido com a epidemia de Covid-19 ou a invasão da Ucrânia, são parâmetros confiáveis para o futuro? Há boas razões para duvidar”
Olivier Blanchard, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele acredita que o mundo viverá uma nova era de pressão inflacionária