Alguns pesos-pesados da economia brasileira começam a enxergar boas perspectivas para 2023. Diretor do Banco Safra e ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy acha que o cenário atual favorece o país. Para ele, a inflação global sob controle é uma dádiva. “Esse quadro é bastante favorável ao Brasil, pois mantém os preços das commodities sem grandes excessos, mas também sem grandes quedas", disse em entrevista para o programa Conjuntura Safra. No âmbito internacional, o pessimismo exacerbado, de fato, perde vez. A gradual abertura da China com o fim da política de Covid zero, as previsões menos alarmantes para a inflação ao longo do ano e até o inverno menos rigoroso na Europa, o que compensou o menor envio de gás pela Rússia, são fatores que abrem perspectivas melhores para a economia. Algumas estimativas já apontam para uma alta acima de 3% do PIB global no ano. Até pouco tempo atrás, falava-se em crescimento máximo de 2,5% para o mundo.
Preço do etanol cai, mas gasolina é mais viável para o bolso
O preço do etanol está em queda na região Sudeste. Na primeira quinzena de fevereiro, conforme o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio do litro do combustível foi de R$ 4,22, um recuo de 2,06% na comparação mensal. “Mesmo com a queda, como reflexo dos aumentos nos últimos meses, o combustível deixou de ser economicamente mais viável para abastecimento no Sudeste e deu lugar para a gasolina”, diz Douglas Pina, diretor de Mobilidade da Edenred Brasil, responsável pela pesquisa.
Musk está perto de voltar a ser o homem mais rico do mundo
É impressionante o ciclo de altos e baixos vivido pelo americano Elon Musk nos últimos tempos. Em 2022, as ações de sua principal empresa, a fabricante de carros Tesla, caíram cerca de 70%, o que o levou a perder o posto de homem mais rico do mundo. Em 2023, o jogo virou – os papéis já subiram 66%. Agora, Musk precisa de US$ 15 bilhões para recuperar a liderança entre os grandes bilionários. O título pertence ao francês Bernard Arnault, dono da LVMH, a maior empresa de luxo do planeta.
Agronegócio brasileiro vale o PIB inteiro da Argentina
O agronegócio tem alta expectativa para 2023. Espera-se que o PIB do setor acelere 8%, conforme projeção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre). Se confirmado, o número representará o maior crescimento em 8 anos. Para efeito de comparação, a economia brasileira dificilmente avançará mais que 1%. Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do Brasil saltou de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões – valor equivalente a todo o PIB da Argentina.
Rapidinhas
- O mercado brasileiro de odontologia avançou nos últimos anos com o surgimento de franquias especializadas em tratamentos estéticos. Agora, o setor ganha um rival estrangeiro: a americana Teledental chega ao Brasil depois de captar US$ 14 milhões. A maior parte dos recursos será destinada para a expansão da rede no país.
- Em 2022, 900 milhões de turistas viajaram pelo mundo, segundo cálculos da Organização Mundial do Turismo (OMT). A notícia é positiva, mas nem tanto: o número dobrou em relação a 2021, mas corresponde a apenas 63% do movimento observado em 2019, antes da pandemia. Os maios avanços foram no Oriente Médio e Europa.
- O litoral brasileiro recebeu no carnaval doze navios de cruzeiros, número idêntico ao de 2019, antes do surto de Covid-19. Ao todo, 119 mil turistas estiveram nas embarcações. A temporada de cruzeiros termina em maio, com impacto econômico de R$ 3,8 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA)
- A Volvo está desanimada com o mercado de caminhões em 2023. Segundo a montadora sueca, as vendas globais no segmento acima de 16 toneladas, onde atua, deverão cair 23% em relação a 2022. Gargalos na cadeia de suprimentos, tensões políticas e o cenário econômico incerto serão os principais responsáveis pelo provável recuo.
R$ 3,2 bilhões
é quanto o Fundo Amazônia tem em caixa para a proteção da floresta brasileira. O valor é baixo diante do desafio de preservar a biodiversidade local
“O mercado de carros elétricos tem crescido por causa dos incentivos. Não é bom que sejam retirados”
- Santiago Chamorro, presidente da GM para a América do Sul, que defende a manutenção da alíquota zero para a importação desses modelos