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Trem-bala de novo? Ninguém acredita neste proposta furada do governo

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O governo petista decidiu ressuscitar velhas ideias. Nos últimos dias, voltou à baila a famigerada ideia do trem-bala, que ligaria São Paulo e Rio de Janeiro. Outros países, como o Japão (foto), têm. A proposta nasceu em 2007, no segundo governo Lula, e jamais prosperou. Agora, uma deliberação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a construção da tal ferrovia de alta velocidade, mas ninguém acredita que o projeto vingará. Resta saber por que o governo decidiu lançar este balão de ensaio novamente. “É mais fácil inventarem caminhões autônomos que transportariam mercadorias sem motoristas do que acreditar numa proposta furada dessas”, diz um empresário do ramo de logística. Ele lembra que, em um país como o Brasil, com enormes deficiências de infraestrutura, não faz sentido discutir uma iniciativa que não traria impacto algum para o escoamento de mercadorias. “Precisamos melhorar antes nossos portos, aeroportos e estradas”, diz o executivo.




 
 

Para Guedes, Haddad encontrará “pedreira” pela frente

O ex-ministro Paulo Guedes, homem forte da economia no governo Bolsonaro, tem dito a assessores que Fernando Haddad, atual chefe da Fazenda, encontrará uma “pedreira” pela frente. De acordo com Guedes, o cenário internacional permanecerá desafiador ao longo do ano e, ao contrário do que ocorreu nos outros dois governos Lula, desta vez o petista não surfará na onda favorável das commodities. Guedes acha que a situação tende a piorar, especialmente a partir do segundo semestre.

Pfizer negocia compra de gigante de biotecnologia

A indústria farmacêutica está prestes a fechar uma das maiores operações dos últimos anos. Segundo o jornal americano The Wall Street Journal, a Pfizer negocia a aquisição da Seagen, empresa de biotecnologia americana que desenvolve tratamentos de imunoterapia contra o câncer. A transação está avaliada em US$ 30 bilhões (R$ 160 bilhões). A Pfizer tem ido às compras. No ano passado, comprou a Global Blood Therapeutics, fabricante de remédios para doenças genéticas, por US$ 5 bilhões.

Confiança da indústria continua em queda

Apesar dos discursos do presidente Lula e de seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em defesa da indústria brasileira, a verdade é que os empresários do setor continuam ressabiados com o futuro do país. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), recuou 1,1 ponto em fevereiro, para 92 pontos. Trata-se do patamar mais baixo desde julho de 2020, quando o indicador chegou a 89,8 pontos.





78%

dos reajustes salariais realizados em janeiro ficaram acima da inflação, segundo o boletim “Salariômetro”, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)

RAPIDINHAS

  • A americana Harley-Davidson, ícone da indústria de motocicletas (foto), aproveitará a comemoração de seus 120 anos para lançar os primeiros modelos fabricados em parceria com a chinesa Qianjiang Group. Com 350 e 500 cilindradas, as motos são menores e terão preços mais acessíveis. Por enquanto, não há previsão de chegada ao Brasil.

  • A Alvoar Lácteos, empresa resultante da fusão entre a cearense Betânia Lácteos e  a mineira Embaré Indústrias Alimentícias, pretende investir R$ 100 milhões em 2023 na construção de quatro centros de distribuição e no aumento de sua capacidade fabril. No ano passado, a empresa faturou R$ 4,3 bilhões, ou 15% acima de 2021.

  • Depois da explosão do consumo de vinhos durante a pandemia, o mercado brasileiro passa agora por um período de acomodação. No ano passado, conforme dados apurados pela consultoria Ideal BI, o volume importado caiu 7%. Em 2023, a tendência é que o número diminua ainda mais, já que os níveis de estoques permanecem elevados.

  • Uma projeção feita pela consultoria Bright Consulting indica que a indústria automotiva brasileira deverá superar a simbólica marca de 3 milhões de carros fabricados em um único ano apenas a partir de 2030. A última fez que isso ocorreu foi em 2014, mas o recorde histórico é de 2013, com 3,7 milhões de unidades produzidas.