No final do ano passado, diante da vitória de Lula na campanha presidencial, diversas casas de análise de investimentos sugeriram que seus clientes trocassem ações da Petrobras, empresa exposta às prováveis interferências do governo petista, por petroleiras independentes, como a Prio, a PetroReconcavo e a 3R Petroleum, que estariam imunes às canetadas das autoridades. Pois bem, uma decisão inesperada atingiu em cheio a operação dessas empresas. Conforme anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo vai impor um imposto sobre exportação de petróleo por um período de pelo menos quatro meses. A ideia é elevar a arrecadação em um cenário de reoneração gradual dos combustíveis. Ontem, os papéis das chamadas “oil juniors” desabaram, com destaque negativo para a Prio, que tombou quase 10%, e a 3R, com baixa de 7% de suas ações. Como se vê, em um país como o Brasil, ninguém está livre da mão pesada do governo.
Para vinícolas gaúchas, programas sociais são culpados por trabalho escravo
Como se não bastasse o resgate de 200 trabalhadores que eram submetidos a condições análogas à escravidão em fazendas de Bento Gonçalves (RS), a entidade que representa as vinícolas locais tentou justificar o injustificável. Para o Centro da Indústria e Comércio de Bento Gonçalves, a culpa é dos programas sociais. “Há uma parcela da população com plenas condições produtivas e que, mesmo assim, encontra-se inativa, sobrevivendo através de um sistema assistencialista que nada tem de salutar para a sociedade”, diz a nota.
Tesouro Direto atrelado à Selic quebra recorde
Com a taxa de juros nas alturas, o Tesouro Direto tem funcionado como um porto seguro para os investidores. Em janeiro, as vendas de papéis atrelados à Selic somaram R$ 2,8 bilhões. Segundo o Ministério da Fazenda, é o maior valor da série histórica iniciada em janeiro de 2022. O estresse trazido pelas incertezas no campo econômico e o cenário internacional conturbado têm levado muitas pessoas a buscar negócios que trazem menos risco. É aí que o Tesouro Direto entra em cena.
“A Grande Renúncia” vira “O Grande Arrependimento”
Lembra-se do movimento “A grande renúncia”? Nascido em 2020, nos Estados Unidos, ele consistia em pedir demissão se houvesse pressão do chefe ou se o funcionário se sentisse sobrecarregado. No auge da tendência, muita gente largou tudo para viver a experiência. Agora, o cenário mudou. Segundo pesquisa da empresa de RH Paychex, 80% dos profissionais que pediram demissão se arrependeram e 68% tentaram recuperar o antigo emprego. “A grande renúncia” virou “O grande arrependimento.”
RAPIDINHAS
- O trabalho remoto ou híbrido – parte em casa e parte no escritório – impulsionou o mercado de seguros de notebooks. Na Bradesco Seguros, as contratações da modalidade dispararam 257% em 2022 em comparação com 2021. O estado de São Paulo foi o que mais contratou, representando cerca de 60% do volume total de negócios.
- O mercado brasileiro de seguros tem algumas peculiaridades. Apesar da incidência elevada de furtos, apenas 11% dos smartphones possuem esse tipo de proteção, segundo pesquisa do Panorama Opinion Box. O potencial é imenso. De acordo com a Anatel, existem cerca de 252 milhões de celulares ativos no Brasil.
- A brasileira Klabin é a única empresa da América Latina premiada no Oscar da sustentabilidade global. A companhia integra o ranking elaborado pela Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional que indica as corporações de melhor desempenho na área ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança).
- A companhia aérea colombiana de baixo custo Viva Air (na foto, painel publicitário da empresa) suspendeu as operações devido a problemas financeiros. Segundo a empresa, sua situação agravou-se durante a pandemia. Ela opera 35 rotas, inclusive para o Brasil, com uma frota formada por 20 aviões. Em comunicado, afirmou que não há previsão de retorno das atividades.
8,3%
deverá ser o crescimento do crédito em 2023, segundo projeção realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban)