No mercado financeiro, os 100 primeiros dias do governo Lula foram um tremendo desastre. De acordo com levantamento realizado pela plataforma Trademap, a bolsa brasileira caiu no período 8%. O dado é espantoso, mas a perspectiva histórica provoca ainda mais surpresa: trata-se do pior resultado para os 100 primeiros dias de um governo desde 1995, no início da gestão de Fernando Henrique Cardoso. As incertezas no campo fiscal, o discurso feroz do presidente contra a indústria financeira e a queda de braço contra o Banco Central são alguns dos fatores que desanimaram os investidores, atingindo em cheio o mercado de renda variável. Lembre-se de que, em janeiro, pouco depois de assumir o comando do país, Lula afirmou que o “mercado não tem coração, não tem sensibilidade, não tem humanismo.” Lula precisa deixar o discurso raivoso para trás e entender que o mercado financeiro não é inimigo do Brasil.
Tarcísio de Freitas inicia estudos para privatização da Sabesp
Enquanto o presidente Lula mantém sua cantilena contra a agenda de privatizações, o governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vai na direção oposta. Ontem, Tarcísio assinou um decreto que autoriza o estado a contratar estudos para a privatização da Sabesp, a estatal paulista de águas e saneamento. Ainda assim, o processo e as discussões deverão se arrastar por muito tempo – ninguém espera que a privatização saia antes de 2024. No ano passado, a Sabesp lucrou R$ 3 bilhões.
Setor produtivo aumenta pressão para queda de juros
A paciência do setor produtivo com a política monetária do Banco Central está se esgotando. “No ano passado, nem a Black Friday, Copa do Mundo e Natal trouxeram resultados animadores para nós”, diz o diretor de marketing de uma grande fabricante de eletrodomésticos. “Sem crédito, ninguém compra, principalmente em um país com problemas de renda como o Brasil. Estamos contando os minutos para o corte dos juros.” A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central será em maio.
Vendas de veículos eletrificados disparam 50%
Se a indústria automotiva brasileira continua à espera da queda dos juros para deslanchar de vez, o segmento de eletrificados não tem motivos para reclamar. No primeiro trimestre do ano, foram vendidos 14,7 mil híbridos e elétricos no país, o que representa uma arrancada de 50% em relação ao mesmo período de 2022. Com isso, a participação dos veículos movidos a eletricidade chegou a 3,3% do mercado total, de acordo com dados apurados pela ABVE, a associação do setor.
Rapidinhas
A Vamos, dona da maior rede de concessionárias de caminhões e ônibus da Volkswagen no Brasil, comprou, por R$ 331,4 milhões, a Tietê Veículos, que mantém operações principalmente no estado de São Paulo. No ano passado, a Tietê faturou R$ 542 milhões, o equivalente a 10% das receitas consolidadas da Vamos no mesmo período.
A mineira Silveira Massruhá será a primeira mulher a presidir a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Indicada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ela é especialista em automação pela Unicamp, doutora em computação aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pesquisadora da estatal desde 1989.
Um estudo realizado pela consultoria Counterpoint Research mostra a força da marca Apple. Embora a Samsung lidere as vendas de smartphones, é a empresa da maça que embolsa a maior parte dos lucros. Conforme o levantamento, a Apple respondeu no ano passado por 85% do lucro operacional da indústria de celulares.
Três em cada dez pequenos negócios no Brasil possuem dívidas em atraso, conforme levantamento feito pelo Sebrae em parceria com o IBGE. Em janeiro, 27% dessas empresas não honraram seus compromissos financeiros. O cenário econômico piorou. Na outra rodada da pesquisa, realizada em agosto de 2022, o índice era de 24%.
R$ 200 bilhões
é quanto custaria ao governo a reestatização da Eletrobras, se forem cumpridas as regras estabelecidas pelo estatuto da empresa
“Peça dinheiro aos pessimistas: eles não esperam recebê-lo de volta”
Steven Wright, ator e comediante americano