A velha máxima econômica diz que, se a demanda é alta, os preços inevitavelmente sobem. Para o presidente da companhia aérea Azul, John Peter Rodgerson, essa lógica deverá prevalecer nos valores das passagens. “O que estamos dizendo é que tem muita demanda”, disse o executivo em teleconferência de apresentação de resultados. “As pessoas querem voltar a voar.” Ou seja, o que Rodgerson afirma é que elas deverão continuar em ascensão nos próximos meses. O problema é que os preços já estão nas alturas. De acordo com o último IPCA-15, eles aumentaram 12% na passagem de março para abril, enquanto a inflação no período foi de 0,57%. Em um ano, a disparada dos bilhetes foi de 51%, para um IPCA–15 de 4,16%. Além da demanda crescente, o chefe da Azul atribui os aumentos à cotação do combustível de aviação, que acelerou 49% ao longo de 2022, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear).
Shopee acelera negócios em ritmo frenético
A empresa de comércio eletrônico Shopee inaugura centros de distribuição em ritmo frenético no Brasil. Recentemente, abriu oito unidades no Nordeste conhecidas como cross-docking. Nesse modelo, as mercadorias coletadas dos parceiros não são estocadas, mas preparadas para distribuição imediata. Nos últimos meses, a gigante de Singapura tem investido também na construção de hubs em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Já são 3 milhões de vendedores brasileiros cadastrados em seu marketplace.
Empresários reclamam de falta de diálogo com governo
Empresários de diversos setores têm reclamado da dificuldade para dialogar com o governo Lula. Muitos deles dizem que o presidente está obcecado com a agenda internacional, o que, na visão desse grupo, o impede de dar a devida atenção às grandes questões nacionais, como o marco fiscal e a reforma tributária. “O Lula quer ser Nobel da Paz e tem perdido tempo com isso”, afirma o CEO de uma construtora. “Precisamos colocar a casa em ordem em vez de tentar resolver os problemas dos outros.”
Credores da Light contestam recuperação judicial
A disputa na Justiça deverá ser acirrada. De um lado, a empresa de energia elétrica Light, que protocolou há alguns dias o seu pedido de recuperação judicial. De outro, um pool de credores que contestam a iniciativa. Eles afirmam que concessionárias de serviços públicos de energia não podem recorrer à recuperação judicial ou extrajudicial, pois o caminho indicado seria a intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A dívida da Light está estimada em R$ 11 bilhões.
Rapidinhas
- A Qualicorp, maior plataforma de escolha de planos de saúde do Brasil, assinou parceria com a Ideal Saúde para a oferta de planos de saúde coletivos por adesão em municípios do estado de Goiás e Distrito Federal. As mensalidades das nove opções de planos ofertados custam a partir de R$ 140, a depender do produto escolhido e idade do beneficiário.
- A indústria brasileira de games passa por forte expansão. Em 2014, contavam-se 133 desenvolvedoras de jogos eletrônicos no país. No final do 2022, o número saltou para 1009, conforme dados apurados pela Abragames, a associação do setor. São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul concentram o maior número de empresas do ramo.
- A febre dos carros por assinatura passou? Ainda é cedo para dizer, mas alguns sinais mostram que o mercado perdeu tração. A seguradora Porto Seguro reduzirá os investimentos no Carro Fácil, como é chamado o seu serviço de assinatura de automóveis. Com os juros altos, o custo financeiro de projetos na área ficou muito caro.
- Em relação a nota publicada ontem nesta Coluna, o Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast) informa que foram utilizadas, apenas pela agroindústria em 2021, 97 mil toneladas de plástico reciclado. Esse dado faz parte de estudo encomendado anualmente pelo PICPlast e realizado pela MaxiQuim.
R$ 13,2 bilhões
é quanto a edição 2023 da Agrishow, a maior feira agrícola do Brasil, movimentou em negócios, o que significou um aumento real de 9,5% em relação ao evento de 2022