As últimas semanas provocaram uma reviravolta na percepção do mercado financeiro a respeito da economia brasileira. É evidente que o mau humor deu lugar a uma inesperada onda de otimismo. A surpresa com o resultado robusto do PIB, a queda da inflação, a provável redução dos juros no futuro próximo e o avanço do arcabouço fiscal – que ao menos coloca algum tipo de freio nos gastos públicos – afastaram o pessimismo com os rumos do país. “Não há razão para que o Brasil não possa crescer de forma agressiva novamente”, disse, em entrevista recente, Amer Bisat, especialista em mercados emergentes da BlackRock, a maior gestora do mundo. Na semana passada, a sempre cautelosa gestora Verde Asset, uma das referências do mercado financeiro, promoveu um evento que ficou marcado pelo otimismo com o cenário macroeconômico brasileiro. Se não houver nenhuma surpresa negativa na política, algo sempre possível em se tratando de Brasil, talvez os bons ventos voltem a soprar por aqui.
Decolar vai abrir lojas físicas
A empresa de viagens Decolar deixará de operar apenas no ambiente online. Sua meta é abrir lojas físicas no Brasil e na Argentina ainda em 2023. No início, serão exclusivamente pontos próprios, mas o modelo de expansão via franquias, o mais comum no ramo do turismo, não foi descartado. A companhia quer aproveitar o avanço do setor, que pegou embalo no pós-pandemia. No primeiro trimestre de 2023, as reservas em sua plataforma aumentaram 44% em relação ao mesmo período de 2022.
Brasil é a bola da vez para a NBA
No país do futebol, a NBA ganha cada vez mais espaço. No ano passado, as 24 lojas oficiais da liga localizadas em sete estados brasileiros receberam 2,5 milhões de visitantes. Atualmente, o Brasil já é um dos três maiores mercados da NBA no mundo – segundo pesquisa da Kantar Ibope Media, 58 milhões de brasileiros acompanham a competição. O interesse é tão grande que há um movimento para trazer times americanos para realizar partidas amistosas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Mulheres ocupam só 7% dos cargos de presidência na indústria
Nos últimos anos, as mulheres conquistaram maior espaço no ambiente corporativo. Alguns segmentos da economia, contudo, continuam avessos à presença feminina. Um estudo do Insper em parceria com o Talenses Group constatou que, em 2022, apenas 7% das indústrias brasileiras eram presididas por mulheres. Para efeito de comparação, o índice – ainda baixo, ressalte-se – é de 20% na área de serviços. O estudo também mostrou que elas ocupam só 11% das vagas do Conselhos de Administração na indústria.
50,5 milhões
é o total de beneficiários de planos de assistência médica no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, é o maior número desde 2014
“A América Latina como um todo é um verdadeiro foco de atividade no campo da tecnologia financeira. E o Brasil, claro, é protagonista dessa história”
• Niall Ferguson, historiador escocês, pesquisador na Universidade de Stanford e e aclamado autor de best-sellers globais
RAPIDINHAS
• A Amazon prepara um projeto que tem potencial para revolucionar a indústria das comunicações. Segundo a agência Bloomberg, a empresa quer oferecer telefonia móvel sem custos para assinantes do Prime, o seu serviço de streaming. Nos Estados Unidos, a Amazon negocia parcerias com companhias como AT&T, Verizon e T-Mobile.
• Amazon, Apple, JP Morgan e Samsung. A lista de empresas que proíbem que seus funcionários usem a plataforma de inteligência artificial ChatGPT não para de crescer. O que explica o movimento? As companhias dizem que o sistema facilita o vazamento de dados. O curioso é que a Apple prepara o lançamento de uma plataforma parecida com o ChatGPT.
• A montadora japonesa Toyota vai investir R$ 160 milhões em melhorias logísticas na fábrica localizada em Sorocaba, no interior de São Paulo. Segundo a empresa, o espaço passará a receber e despachar todos os componentes de veículos da Toyota vendidos no Brasil. A previsão é que as obras sejam concluídas em 2025.
• Por mais que a indústria automotiva mire cada vez mais o desenvolvimento de carros elétricos, estima-se que o mercado levará quatro décadas para substituir a frota em circulação no mundo, estimada atualmente em 1,5 bilhão de veículos. Ou seja: os automóveis a combustão terão longa vida antes de desaparecem por completo.