Jornal Estado de Minas

Mercado S/A

Caso Americanas: fraudes corporativas não são incomuns

 

O caso Americanas poderá se tornar um dos maiores escândalos corporativos da história do Brasil. Ontem, a empresa admitiu, em comunicado enviado ao mercado, que o rombo bilionário em seu balanço é resultado de fraudes cometidas pela antiga diretoria. Segundo o relatório, o ex-presidente da Americanas, Miguel Gutierrez, participou das trambicagens. “Os documentos analisados indicam que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior”, diz o texto assinado por Camille Loyo Faria, diretora financeira e de relações com investidores. O lamentável episódio mostra como até mesmo grandes companhias de capital aberto, que teoricamente deveriam passar pelo escrutínio de auditores, analistas, entidades regulatórias, bancos e outros entes do mercado de capitais, cometem graves infrações. Na verdade, as fraudes são mais comuns do que o senso comum supõe – os casos Enron, nos Estados Unidos, e OGX, no Brasil, estão aí para confirmar a teoria. 





 

 

Novo presidente da Americanas apresenta provas de esquema na empresa

O material apresentado ontem na CPI da Americanas é estarrecedor. O atual presidente da Americanas, Leonardo Pereira, apresentou cópias de e-mails, planilhas e outros documentos que, segundo ele, comprovam os esquemas fraudulentos praticados pela antiga diretoria. Os executivos esconderam operações de financiamento irregulares e criaram mecanismos para ocultar do conselho de administração informações verdadeiras sobre o desastre que era a gestão da companhia. Há muito mais por vir.

 

“A Americanas não pode se fazer de vítima. Ela é corresponsável pela fraude praticada durante vários anos pelos mais altos cargos da companhia”

 

Rafael Mortari, sócio do escritório de Advocacia Mortari Bolico, especializado na defesa de investidores pessoas físicas no mercado de capitais 

 

Bunge e Viterra criam empresa de U$ 110 bilhões

Depois de seis meses de complexas negociações, a americana Bunge e a canadense Viterra uniram forças para criar uma das maiores traders agrícolas do mundo. A Bunge desembolsará US$ 18 bilhões para formalizar o negócio – o montante inclui valores pagos para a suíça Glenncore, controladora, e aos demais acionistas da Viterra, além de uma dívida a ser assumida pelo multinacional dos Estados Unidos. Juntas, as receitas de Bunge e Viterra totalizam colossais US$ 110 bilhões.

 

Positivo investe no mercado de segurança eletrônica

A fabricante brasileira de computadores pessoais e smartphones Positivo Tecnologia entrou no mercado de automação e segurança eletrônica. Chamada PositivoSEG, a nova divisão de negócios recebeu investimentos de aproximadamente R$ 40 milhões. Não será fácil ocupar espaço. No país, o segmento é dominado pela Intelbras, que responde por 54% dos negócios. No mundo, gigantes como as chinesas Dahua Technology e Hikvision Digital e a americana Motorola Solutions lideram o setor. 





 

 

305,4 milhões

de toneladas deverá ser a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023, segundo o IBGE. O número supera a estimativa anterior, feita em abril, e significa um salto de 16,1% em relação a 2022

 

 

Rapidinhas