A revisão da nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva” pela agência de classificação de risco S&P suscitou debates a respeito de uma possível conquista do grau de investimento pelo país.
De fato, a novidade trazida pela agência é positiva, pois demonstra a retomada de certo nível de confiança nos rumos da economia brasileira. Contudo, é preciso ir com calma e retirar as convicções ideológicas dos debates.
O Brasil tem árduo caminho até alcançar a nota máxima de confiabilidade das agências. A inflação permanece controlada, mas esta é apenas uma fotografia do momento. Para economistas, há possibilidade de nova escalada de preços no segundo semestre, o que poderá atrasar o crescimento.
O PIB, embora tenha surpreendido no primeiro trimestre, ainda não dá sinais de robustez. O Brasil foi grau de investimento entre 2008 e 2015 e, por ora, não há qualquer possibilidade de repetir o feito.
De fato, a novidade trazida pela agência é positiva, pois demonstra a retomada de certo nível de confiança nos rumos da economia brasileira. Contudo, é preciso ir com calma e retirar as convicções ideológicas dos debates.
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Investidores acham que
Ibovespa acelera até o final do ano
O bom humor do mercado financeiro com a bolsa brasileira poderá prosseguir até o final do ano. Uma pesquisa realizada pelo americano Bank of America (BofA) com 33 gestores de fundos latino-americanos revelou que 69% deles acreditam que o Ibovespa deverá superar os 120 mil pontos até o final do ano. Um mês atrás, o índice era de 27%. O otimismo do mercado se deve principalmente ao provável corte de juros, à aprovação do marco fiscal e ao aumento das compras de ações por parte dos estrangeiros.
Inflação no Brasil é uma das mais
baixas entre os países do G20
A queda da inflação brasileira nos últimos meses levou a uma situação incomum. Segundo levantamento realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a variação de preços no Brasil é uma das mais baixas entre os países que compõem o G20. Em um um ano, a inflação oficial do país é de 3,94%. Na Itália, que lidera o ranking inflacionário da OCDE, o índice é mais do que o dobro – 8,16%. No Reino Unido, 7,80%. Até os Estados Unidos (4%) estão ligeiramente à frente.
Para gestor, governança nas
empresas “é só da boca para fora”
Como não poderia deixar de ser, o principal assunto nos últimos dois dias entre executivos e profissionais do mercado de ações é o caso Americanas. As revelações sobre como a antiga diretoria manipulava informações contábeis causaram revolta, mas não necessariamente surpreenderam. “Governança é uma palavra bonitinha que algumas empresas usam apenas para ludibriar o mercado”, diz um graúdo gestor de investimentos. “Falar em sustentabilidade é a mesma coisa: é tudo da boca para fora.”
12,25%
será a taxa Selic no final do ano, segundo projeção do banco americano J.P. Morgan
“Quem tem R$ 100 mil hoje não quer um carro popular zero quilômetro. Prefere investir em um seminovo com mais tecnologia e recursos”
• Oswaldo Ramos, executivo à frente da operação da montadora chinesa GWM no Brasil
RAPIDINHAS
• O futebol feminino tem atraído a atenção do mercado publicitário. Segundo a Fox Sports, as receitas obtidas com a venda de patrocínios para a Copa do Mundo 2023 cresceram 50% em relação à última edição do evento, realizada 2019. Sediado na Austrália e Nova Zelândia, o torneio começa em 20 de julho. A seleção americana é a atual campeã.
• As casas de câmbio observaram nos últimos dias o aumento da procura por dólar. Com as quedas em série da cotação da moeda americana, muitos brasileiros decidiram aproveitar a oportunidade. Segundo o mercado financeiro, a expectativa é que a divisa dos Estados Unidos chegue ao final do ano cotado a R$ 5,10.
• A americana Instant Brands, que fabrica os utensílios de cozinha da centenária marca Pyrex, entrou com pedido de falência nos Estados Unidos. As vendas líquidas da empresa cairam 21,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022 – foi o sétimo trimestre consecutivo de queda nas vendas.
• A Netflix quer aproveitar o sucesso de programas culinários para abrir o seu próprio restaurante. No final do mês, a gigante do streaming inaugura em Los Angeles, nos Estados Unidos, o Netflix Bites, que terá menu preparado por chefs que se destacaram na televisão. Por enquanto, o projeto é considerado apenas temporário.