Jornal Estado de Minas

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Decisão do Banco Central de manter juros provoca forte reação


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conseguiu o que parecia impossível: uniu diferentes setores da sociedade e representantes das mais variadas cores ideológicas contra os juros altos. Mais do que a decisão de manter a Selic a 13,75% ao ano, o que incomodou foi o comunicado lacônico do BC, que não deu sinais sobre quedas no futuro próximo. “A decisão do BC não é técnica coisa nenhuma”, diz Luiz Alves, sócio-fundador da Versa Asset, gestora de um dos fundos multimercados mais rentáveis do país. “É uma decisão repleta de subjetividades.” Os empresários engrossaram as reclamações. “Nada justifica o Brasil seguir com o título de campeão mundial de juros reais”, diz uma nota assinada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na política, as lamúrias vieram de todos os lados, e agora há quem defenda até retrocessos, como o fim da autonomia do Banco Central. Contudo, um erro não deveria justificar outro.






(foto: Paulo Silva Pinto/CB/D.A Press %u2013 14/1/18 )


Bolsa cai, mas desânimo não deverá durar muito tempo

Como era de se esperar, uma ducha de água fria desabou sobre a bolsa brasileira no dia seguinte à decisão do Banco Central em manter os juros nas alturas. Ontem, o Ibovespa  caiu 1,23%, interrompendo uma sequência de altas em junho. Apesar do descontentamento dos investidores, analistas sérios acham que o movimento é apenas pontual e não afeta, no médio prazo, a perspectiva de valorização dos ativos. Afinal, cedo ou tarde o BC terá de cortar a Selic, o que deverá impulsionar a renda variável.


Para incorporador, taxa Selic é indefensável

O setor imobiliário tem sido um dos mais penalizados pelos juros nas alturas. “A atual taxa é exorbitante e indefensável”, lamenta o vice-presidente de uma das maiores incorporadoras do Brasil. “O Banco Central errou feio na condução da política monetária e isso certamente vai atrasar a retomada econômica do País.” De fato, o executivo tem motivos de sobra para reclamar.  No primeiro trimestre, os lançamentos imobiliários desabaram 30,2% em relação ao mesmo período do ano passado.


Brasil está no topo de ranking sobre bioenergia

Um estudo recente realizado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) constatou a força da produção bioenergética no Brasil. De acordo com o levantamento, o País ocupa o segundo lugar no ranking global que avaliou dados como capacidade instalada, perspectivas de negócios e índice de inovação no setor. O resultado chama ainda mais a atenção considerando o número de nações que foram avaliadas para a elaboração da lista – 166 ao todo.







Rapidinhas

A incorporadora e construtora Direcional Engenharia protocolou ontem na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) uma oferta primária de ações que poderá chegar a R$ 431 milhões. De acordo com a Direcional, os recursos serão destinados principalmente para financiar o crescimento da empresa e otimizar a estrutura de capital.

A Amaggi, maior trading agrícola de capital nacional, lançou um programa para promover a agricultura regenerativa. Chamada Amaggi Regenera, a iniciativa tem por objetivo impulsionar a adoção de práticas sustentáveis não só nas fazendas do grupo, mas em toda a sua rede de parceiros. O projeto nasceu com o apoio da Embrapa.

(foto: Mercado Livre/Divulgação %u2013 8/6/24 )

O Mercado Livre foi eleito pela revista americana Time uma das “100 empresas mais influentes do mundo em 2023.” Para justificar a escolha, a publicação disse que a empresa teve papel vital no desenvolvimento tecnológico da América Latina e na inclusão financeira. O Mercado Livre nasceu na Argentina, mas tem no Brasil sua principal operação.





A intenção de consumo das famílias, um termômetro importante da atividade econômica, subiu 2,6% na passagem de maio para junho, conforme levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a entidade, o otimismo só não é maior pelo alto nível de endividamento.


R$ 176,8 bilhões

foi a soma da arrecadação de impostos e contribuições em maio. Segundo a Receita Federal, é o maior valor da série histórica iniciada em 1995


(foto: Antônio Cruz/Agência Barsil %u2013 13/3/23)

“Nós estamos contratando um problema futuro com essa taxa de juros. É isso o que essa decisão significa. Ela está contratando uma inflação futura ou aumento da carga tributária futura”

Fernando Haddad, ministro da Fazenda