Jornal Estado de Minas

MERCADO S/A

Turismo brasileiro decola em 2023



Nunca é fácil fazer negócios no Brasil. Sob qualquer aspecto, é chocante que um ministério da importância do Turismo permaneça envolvo em incertezas a essa altura do campeonato, em plenas férias de julho e com a retomada a todo vapor.



Sabe-se há alguns dias que a atual ministra, Daniela Carneiro (União-RJ), dificilmente permanecerá no cargo, devendo ser substituída pelo deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), indicado pelo Centrão.

Apesar dos imensos entraves na política e da falta de bons programas de estímulo, o setor acelera no Brasil. Em abril, o turismo brasileiro faturou R$ 17,6 bilhões, cifra que supera em 9,8% o desempenho de um ano atrás, conforme estudo realizado pela FecomercioSP.

Considerando os quatro primeiros meses de 2023, a alta foi de 15,8%. Trata-se do melhor desempenho desde 2015, o que se deve sobretudo aos ventos mais favoráveis na economia. E isso, ressalte-se, com a pasta ministerial praticamente vaga.

Rede Pernambucanas aposta na abertura de lojas físicas

Com o avanço do comércio eletrônico durante a pandemia de Covid-19, muitos analistas de mercado disseram que as lojas físicas estariam condenadas. A realidade, contudo, é bem diferente. A rede Pernambucanas, por exemplo, deverá encerrar 2023 com ao menos oito unidades abertas. Uma das explicações é que, principalmente no setor de vestuário, os clientes gostam de pegar o produto na mão e eventualmente experimentá-lo. Ainda não inventaram melhor maneira de comprar roupas do que essa.

Americanas fechou 40 lojas em 2023

O novo relatório mensal apresentando pelos administradores da recuperação judicial da Americanas mostrou que a empresa continua fechando lojas em 2023. Ela encerrou maio com 1.842 unidades em operação, ou nove a menos do que em abril. No ano, a companhia encerrou as atividades de quarenta lojas. A Americanas pediu recuperação judicial em janeiro passado, após ter revelado inconsistências contábeis de aproximadamente R$ 20 bilhões relativas a dívidas com fornecedores e bancos.





Programa do governo faz vendas de carros aumentar

Saiu primeiro resultado positivo do programa de incentivos do governo para a compra de carros novos com descontos. Em junho, dados do Renavam mostram que foram emplacados 189,5 mil automóveis no país, número que representa um crescimento de 7,3% em relação a maio. Segundo consultores do mercado automotivo, as compras feitas pelas locadoras contribuíram para o resultado. Consumidores têm reclamado que as concessionárias jogam para baixo a avaliação de seus veículos usados.
 
 

Rapidinhas

  • O futebol feminino ganha os holofotes. A Genial Investimentos, plataforma que tem R$ 160 bilhões sob custódia, patrocinará Natália Pereira, craque de apenas 14 anos que joga no Corinthians. A empresa tem conexão com o esporte. Gustavo Kuerten, tricampeão do torneio de tênis de Roland Garros, é sócio e embaixador da marca.
  • O brasileiro está entre os profissionais mais dispostos a trocar de emprego. Pelo menos é isso o que mostra um levantamento global realizado pela consultoria de recrutamento PageGroup. O estudo constatou que 96% dos profissionais no país estão abertos a novas oportunidades de trabalho. Detalhe: a média mundial é de 90%.
  • Depois da Shein, mais uma empresa asiática pretende desbravar as oportunidades oferecidas pelo e-commerce brasileiro. Até o final do ano, deverá desembarcar no Brasil a chinesa Temu, conhecida por sua política agressiva de preços baixos. Nos Estados Unidos, onde chegou há apenas um ano, a empresa tirou nacos importantes da Amazon.
  • A plataforma britânica Doji desembarca no Brasil com uma proposta curiosa: ser uma espécie de tabela Fipe, a referência no preço de carros usados, do mercado de smartphones de segunda mão. Trata-se, de fato, de um segmento promissor. Na Europa e nos Estados Unidos, as vendas de celulares usados estão em alta.

83%

foi quanto cresceram as entregas globais de veículos elétricos da montadora americana Tesla no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento se deve ao corte agressivo de preços