O dia mais esperado pelo mercado financeiro em muito tempo trouxe enorme alívio. Depois de 3 anos e exatas 24 reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central (foto) finalmente diminuiu a taxa Selic. A redução, de 0,50 ponto percentual, superou as expectativas, mas chamou especial atenção o voto dado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que defendeu exatamente esse nível de redução. Campos Neto, lembre-se, passou boa parte do ano recebendo críticas do presidente Lula, que considerava as taxas elevadas um ataque direto ao seu governo. De todo modo, a satisfação do mercado financeiro foi generalizada. “A decisão foi correta”, resumiu Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central. A expectativa agora é que a decisão seja o início de uma nova era na economia, com crédito mais farto e barato. Na indústria de investimentos, a tendência é que o mercado de ações seja beneficiado.
Raízen vai investir R$ 1,3 bilhão em usina
Bancos ampliam projetos voltados para o agronegócio
Uma nova tendência na indústria financeira: os bancos passaram a investir cada vez mais em serviços digitais voltados para o agronegócio. Há dois meses, o Bradesco lançou a plataforma E-agro, marketplace digital que libera crédito agrícola 100% online. Por sua vez, o Banco do Brasil firmou recentemente parceria com a staturtp Garage para fortalecer suas iniciativas digitais no setor. Há mais: o Itaú comprou no ano passado uma fatia da Orbia, um misto de marketplace com programa de coalizão.
Vendas de carros crescem, mas não há motivo para festa
Vistos de maneira isolada, os resultados do mercado automotivo em julho foram excelentes. No mês, o setor emplacou 225,6 mil veículos, o que representou um acréscimo de 24% sobre igual período do ano passado. Contudo, é inegável que o período teve influência direta do programa de incentivos criado pelo governo federal. O mercado suspeita que, sem os descontos, as vendas permaneceriam paradas. Ao todo, o governo concedeu R$ 1,8 bilhão em descontos tributários nas transações de veículos.Rapidinhas
Um estudo feito pela Contabilizei, maior escritório de contabilidade do Brasil, descobriu que, no primeiro semestre, Minas Gerais foi o segundo estado com maior número de abertura empresas no país, atrás de São Paulo. No período, nasceram exatos 218.034 negócios, um avanço modesto de 1% sobre igual período de 2022.
As SUVs aceleram: na última década, houve grande modificação no perfil de veículos vendidos no Brasil. As picapes e SUVs já respondem por 52% do mercado nacional – a participação era de 20% há 10 anos. Diversas razões explicam o movimento, mas uma delas chama a atenção: o avanço do agronegócio, que deu novo gás para o segmento.
Os Fiagros, como são chamados os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros), se tornaram febre na B3. Existem ao menos 30 Fiagros listados na Bolsa de São Paulo – eram menos de 20 dois anos atrás – e a tendência é que o número continue crescendo em ritmo acelerado. Alguns deles têm retorno superior a 60% em 12 meses.
A produção brasileira de vinhos vem derrubando velhas barreiras. Os resultados do Decanter Awards, maior e mais influente premiação de vinhos do planeta, trouxeram algumas surpresas: a maioria das medalhas de prata e uma (das duas) de ouro conquistadas pelo Brasil vêm de rótulos produzidos na Serra da Mantiqueira.
“Vai cair. Quando eu falo gradualmente, não é que vai cair de 430% para 420%. Vai cair muito, mas, mesmo caindo muito, vai continuar alto por um tempo até a gente cumprir uma transição”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, prometendo derrubar o juro do cartão de crédito rotativo. A taxa está em 455% ao ano
R$ 10 bilhões
é quanto a empresa de energia Engie vai investir em três projetos de geração renovável no Brasil. A transição energética começa a atrair volume recorde de recursos