Jornal Estado de Minas

MERCADOS/A

Consumidores não sentirão de imediato efeitos da Selic mais baixa


Vai demorar para a redução da Selic em 0,5 ponto percentual, conforme decisão recente do Banco Central, provocar efeitos significativos nas taxas de crédito. A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) estima que, de imediato, a taxa média paga por pessoas físicas no mercado passará de 126,2% para 125,2% ao ano. A entidade diz ainda que os impactos começarão a ser sentidos com mais clareza apenas a partir do final do ano, quando se espera que o índice esteja por volta de 12%, conforme a mediana das projeções feitas pelos economistas. Para o mercado financeiro, o nível ideal da Selic, aquele que não provocará desequilíbrios na economia, é de 9% anuais, mas a marca deverá ser alcançada somente no último trimestre de 2024. Alguns setores aguardam a redução com enorme ansiedade. No ramo imobiliário (foto), os lançamentos estão em declínio e a indústria automotiva segue empacada.




Mercado Livre lança streaming de vídeo


No Mercado Livre, a estratégia da vez é a diversificação. O gigante de comércio eletrônico envereda agora para o streaming. Trata-se do Mercado Play, plataforma gratuita de vídeos que começará a ser liberada para a base de clientes a partir da próxima quarta-feira. No início, a operação oferecerá seis mil horas de conteúdo, entre filmes, séries, documentários, reality shows e outros produtos de audiovisual, que poderão ser acessados no aplicativo de celular e no site da companhia.


PAC 1 e 2 não entregaram o que prometeram. Será diferente agora?

No próximo dia 11, o governo federal deverá lançar, com provável estardalhaço, a terceira versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como forma de impulsionar os aportes em infraestrutura. O problema é que o histórico do projeto não anima. Segundo a consultoria Inter.B, o PAC 1, de 2007, entregou apenas 25% das obras prometidas. A segunda edição, de 2010, não foi muito além: 36%. Com um desempenho desses, não dá para esperar muita coisa da nova investida.


Entregador de delivery é a profissão que gera mais insatisfação

Realizado desde 1983, o estudo da Universidade Harvard sobre as profissões que geram maior infelicidade colocou pela primeira vez na liderança uma atividade típica da nova era: os entregadores de delivery. De fato, eles estão sujeitos a jornadas extenuantes, a cobrança por horários é estressante e a remuneração costuma ser baixa. Na sequência do levantamento aparecem motoristas de caminhões e guardas de segurança. O estudo entrevistou 700 profissionais de diversas partes do mundo.





Rapidinhas

A plataforma de hospedagens Airbnb avança no embalo da recuperação do turismo. Em 2022, as reservas no mercado brasileiro aumentaram 31% em relação a 2021, segundo dados da Oxford Economics. O valor movimentado pelos usuários, incluindo os gastos com hospedagem, lojas, restaurantes e transportes, totalizou US$ 5,2 bilhões.

O mercado de carros elétricos avança sem freios. De acordo com a consultoria McKinsey, os veículos 100% eletrificados deverão gerar US$ 422 bilhões em negócios no ano que vem, um crescimento de 12% sobre o desempenho de 2023. O movimento se espalhou pelo mundo, mas é notado com mais força na China, que lidera as inovações no setor.

A operação brasileira da montadora alemã Volkswagen se tornou signatária do Movimento Mulher 360 e da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, que fomentam a diversidade no ambiente corporativo. A empresa deseja que, até o final do ano que vem, as mulheres ocupem 26% dos cargos executivos. O índice atual é 14%.





O próximo Dia dos Pais não deverá significar grande impulso de vendas do varejo. Pelo contrário. De acordo com pesquisa feita pela plataforma de comércio eletrônico Shopee, os brasileiros pretendem gastar, em média, R$ 250 para presentear seus entes queridos. O número representa uma queda de 1,5% em relação a 2022.

7,8%
foi quanto caíram as vendas globais de smartphones no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a consultoria IDC

“É preciso acabar com certos privilégios. É positivo, por exemplo, limitar férias a 30 dias e dar fim aos aumentos salariais por tempo, sem avaliação. Quando a gente olha esses benefícios, percebemos que há excessos”
Luciano Nakabashi, economista e professor da Universidade de São Paulo, ao defender uma reforma administrativa que elimine privilégios do funcionalismo