Jornal Estado de Minas

MERCADO S/A

Por que novo PAC deve ser visto com desconfiança


O governo federal deverá lançar na próxima sexta-feira a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativa que tem como missão estimular investimentos em infraestrutura. Como sempre ocorre nessas ocasiões, as ambições são superlativas. Segundo o governo, o projeto poderá atrair até R$ 1 trilhão em investimentos em um período de 4 anos – o valor considera o Orçamento da União, PPPs (parcerias público-privadas), concessões e aportes de estatais. A despeito dos exageros típicos dos governantes, a verdade é que as experiências passadas não dão margem para otimismo. Um caso clássico é a usina de Belo Monte, no Pará. Inaugurada em 2016, ao custo exorbitante de R$ 20 bilhões, ela até agora não entregou o que prometeu. Além de destruir o meio ambiente, sequer entregou os ganhos energéticos esperados. Ou seja: o passado recente ensina que o novo PAC deve, sim, ser visto com enorme desconfiança.





Petróleo 1: Preço em alta pressiona inflação global


Embora a inflação tenha perdido força no mundo, ela não está morta. “Um convidado indesejado ameaça voltar para a festa: o preço do petróleo”, diz um trecho da carta mensal enviada pela gestora Verde Asset a clientes. O texto lembra que, em julho, o preço do barril tipo Brent saltou 12,4%, sendo que ele já havia acelerado 5,1% em junho. As altas do petróleo pressionam os custos de energia e, por tabela, geram inflação. O Brent está cotado em US$ 85. Espera-se que chegue a US$ 100 no ano que vem.


Petróleo 2: produção crescerá em ritmo veloz até 2028


Apesar da pressão dos ambientalistas para que o mundo acelere a transição energética, o petróleo está longe de perder a sua dominância. Muito pelo contrário. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a produção mundial aumentará em pelo menos 5,8 milhões de barris por dia até 2028. E por uma simples razão: as energias renováveis têm longo caminho a percorrer antes de representarem mudanças significativas. Até lá, o velho ouro negro seguirá dando as cartas na economia mundial.


(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press %u2013 26/10/22)

Paulo Guedes vira motivo de discussão entre empresários


Dois empresários do ramo da construção discutiram em um grupo de WhatsApp por um motivo curioso: Paulo Guedes, ex-ministro da Economia. Um deles acha que os indicadores econômicos positivos de 2023 são fruto de medidas adotadas na gestão passada. “O Guedes deixou a casa em ordem e o Haddad colhe os frutos agora”, disse um deles. Seu colega retrucou, bastante indignado. “Se o governo faz algo positivo, precisamos reconhecer, livre de paixões. Chega de ter político de estimação.”

Rapidinhas


Um dado divulgado pela Apple em seu último balanço não mereceu a devida atenção. Segundo a gigante da maça, seu ecossistema de serviços atingiu a marca de 1 bilhão de assinaturas. Elas incluem, entre outros, serviços como Apple TV, Apple Music e Apple Arcade. Nenhuma outra empresa, de qualquer ramo, possui tantos assinantes ativos.





A Amazon lançou o seu primeiro cartão de crédito na América Latina. Fruto de parceria com o Bradesco, ele não tem anuidade e devolve 5% de cashback para os clientes Prime e 3% para os outros. Depois, os valores podem ser usados em compras na plataforma da empresa. Nos Estados Unidos, o cartão é operado pelo banco JPMorgan.

Uma bomba desabou sobre a fabricante de carros elétricos Tesla. Principal cotado para substituir Elon Musk no comando da empresa, o diretor financeiro Zachary Kirkhorn deixou o cargo sem explicar os motivos. Com a saída, a sucessão na Tesla se torna um problema sério. Nos últimos meses, Musk tem dado maior atenção ao Twitter.

Pela primeira vez na história, o banco BTG Pactual ultrapassou o Bradesco em valor de mercado. Com isso, passa a ser a segunda maior instituição financeira da bolsa brasileira, atrás apenas do Itaú Unibanco, conforme dados levantados pela consultoria Trademap. O quarto lugar é ocupado pelo Banco do Brasil.






12,4%
foi quanto caíram as exportações chinesas em julho na comparação com o mesmo mês de 2022. Foi o maior declínio desde fevereiro de 2020, no início da pandemia de Covid-19


(foto: JairAmaral/EM/D.A Press - 1/6/23 )


“O ministro Carlos Fávaro tem feito um bom trabalho. Esse ministério, vale dizer, sempre teve bons quadros técnicos. Eu também peguei um ministério arrumado. Agora é dar sequência”
Tereza Cristina, senadora (PP-MS) e ex-ministra da Agricultura e Pecuária na gestão Bolsonaro