Jornal Estado de Minas

MERCADO S/A

Governo e bancos divergem sobre rotativo do cartão de crédito


O governo federal quer mexer num vespeiro: o rotativo do cartão de crédito. Uma das ideias da equipe econômica é usar os valores cobrados no cheque especial como parâmetro para a cobrança dos juros pelas instituições financeiras. Em junho, as taxas anuais aplicadas no rotativo estavam em 427%. Por sua vez, o índice para o cheque especial era de 157%. Contudo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não quer nem ouvir falar em mudanças. A entidade diz que o tabelamento dos juros do rotativo reduziria o consumo das famílias, pois 65 milhões de cartões seriam cancelados pelas instituições. A medida, argumenta a Febraban, provocaria efeito negativo no PIB. Atualmente, as compras com cartão de crédito respondem por 40% do consumo brasileiro. Fato é que a questão merece ser discutida com profundidade. Os consumidores que utilizam o rotativo do cartão acabam sufocados pelas taxas astronômicas e muitas vezes não conseguem sair dessa situação.





Fiagros crescem no embalo do agronegócio


Números da B3, a bolsa de São Paulo, e da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) mostram a impressionante evolução dos Fiagros, como são chamados os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros). A categoria conta com 300 mil investidores – trata-se de um crescimento de 344% em relação a um ano atrás. Por sua vez, seu patrimônio líquido aumentou 165%, para R$ 13,8 bilhões. O motivo é um só: a confiança dos brasileiros no agronegócio.


(foto: GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)


Futebol sul-americano quer se aproximar dos EUA


Há um movimento nos bastidores do futebol sul-americano de aproximação com os times da MLS, a liga dos EUA. O objetivo é aproveitar o fortalecimento do campeonato americano, agora estrelado por nomes como o argentino Lionel Messi (foto), para aumentar o intercâmbio entre os países – e, claro, faturar mais. Uma das propostas seria a inclusão de clubes dos EUA na Copa Libertadores da América. Outra ideia é criar um torneio com 32 times e duração de um mês.

Transporte público perde receitas e passageiros


Alguns setores estão distantes de recuperar os níveis pré-pandemia. Segundo pesquisa da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o sistema público contabilizou 33 milhões de viagens pagas por dia em 2019. No ano passado, o número caiu para 25 milhões. Com a queda da demanda, as empresas de ônibus perderam, nos últimos três anos, quase R$ 40 bilhões e 90 mil empregos diretos desaparecerem. Além disso, a idade média da frota aumentou 4%, chegando a 6 anos e 4 meses.





Rapidinhas


Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que houve aumento do uso do carro próprio ou da família nos últimos dois anos. De acordo com os dados, 22% das pessoas disseram que passaram a usar o automóvel com mais frequência, enquanto 13% passaram a utilizar menos e 4% deixaram de usar.


Entre os motivos citados para o aumento do uso do carro aparecem a rapidez (48%) e o conforto proporcionado (42%). Entre os que afirmaram ter diminuído o uso, o preço do combustível aparece em primeiro lugar, com 31%, seguido por falta de necessidade (11%). A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI)


Mesmo antes da queda dos juros, os financiamentos de carros novos deram sinais de vida no Brasil. De janeiro a julho, 1,1 milhão de unidades foram compradas com a ajuda dessa modalidade. Segundo dados apurados pela B3, o número representa o melhor desempenho para o período desde 2019, antes da pandemia do coronavírus.


O mercado de cannabis não entregou até agora os resultados prometidos. Tanto é assim que gigantes do setor buscam outras frentes de negócios. A produtora canadense Tilray Brands, uma das líderes globais do setor de cannabis, finalizou nesta semana a compra de oito marcas de cerveja que pertenciam à belga e brasileira AB InBev.






R$ 1.421
é a projeção do governo para o salário mínimo em 2024. Atualmente, o piso nacional é de R$ 1.320


(foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL )


“Temos um governo que, se não vai resolver o problema fiscal, não vai deixar o país entrar num cenário de crescimento explosivo de dívida”
Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro e economista-chefe do BTG Pactual