Jornal Estado de Minas

MERCADO S/A

Contas globais são nova onda da indústria financeira brasileira


A agenda de modernização do sistema financeiro brasileiro lançada pelo Banco Central nos últimos resultou no surgimento de uma série de produtos e serviços que trouxeram comodidade para a vida das pessoas. Nesse contexto, o Pix significou uma grande transformação. Mas há outras. A onda da vez são as contas digitais internacionais criadas por diversas instituições financeiras. Bancos tradicionais como Itaú Unibanco, BTG e Bradesco, além de plataformas nascidas mais recentemente, como Inter, C6, Nomad e Wise, investiram em iniciativas na área. As contas globais permitem saques em dinheiro no exterior e fornecem cartões de débito – são, portanto, versões estrangeiras das típicas contas-correntes nacionais. Ou seja: agora, sequer é preciso levar dinheiro em espécie nas viagens internacionais. O mercado de investimento internacionais e de contas globais de brasileiros está estimado em US$ 350 bilhões.






(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 19/10/18)

Bancos projetam lucros maiores no segundo semestre


Não está fácil para ninguém – nem para os bancos. Os balanços dos seis primeiros meses do ano revelaram que, juntos, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander viram seus lucros cair 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Há consenso no mercado, contudo, de que dias melhores virão no segundo semestre. Espera-se que a queda da taxa de juros e a aceleração da economia revertam o cenário, trazendo de volta os lucros crescentes que marcaram o setor nos últimos anos.


WeWork duvida de seu próprio futuro


Lembra do WeWork, a empresa de escritórios compartilhados que prometia revolucionar os ambientes de trabalho? Depois de ser avaliada em US$ 47 bilhões, a companhia flerta agora com a falência. Com um modelo de negócio pouco lucrativo – o balanço jamais fechou no azul desde a fundação, em 2010 –, dívidas crescentes e perda de reputação, a companhia publicou um comunicado desconcertante, no qual afirmou ter “dúvidas substanciais” sobre seu futuro. Ao que tudo indica, o fim está próximo.



Em construção há 4 décadas, Angra 3 será retomada


O Brasil é pródigo em desperdiçar montanhas de recursos com obras que jamais são concluídas. Nos últimos dias, voltou à tona a discussão sobre Angra 3, a usina nuclear iniciada na década de 80 e que teve sua construção interrompida em diversas ocasiões, inclusive por motivos de corrupção. Agora, o projeto deverá ser incluído na nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nas últimas quatro décadas, Angra 3 já consumiu R$ 10 bilhões em investimentos.






Rapidinhas


O agronegócio nunca decepciona. Desta vez, a estimativa para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023 foi revisada para cima. Segundo o IBGE, o Brasil deverá produzir 308,9 milhões de toneladas, um acréscimo de 0,5% em relação à projeção anterior. O número reforça que a atual safra será marcada por recordes.

Bons números são coletados por diversas lavouras. Em julho, as exportações de café somaram 2,99 milhões de sacas, um avanço expressivo de 18,7% em relação ao mesmo mês de 2022, segundo dados apurados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). As receitas totalizaram US$ 627,8 milhões, alta de 5,2%.

O mercado de jatos executivos decolou no Brasil. Nos últimos 3 anos, o setor cresceu sempre acima de dois dígitos – a expectativa é que as vendas aumentem 15% em 2023, segundo a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). O país possui uma das maiores frotas do tipo do mundo, com 10 mil aeronaves sobrevoando os ares brasileiros.





Na era digital, os novos meios de pagamento inevitavelmente ganham força. É o caso das carteiras digitais, que tiveram participação recorde de 18% nas vendas do e-commerce brasileiro em 2022, de acordo com o relatórioThe Global Payments Report 2023, divulgado pela empresa de soluções de pagamento Worldpay.


US$ 187,7 bilhões
deverá ser o faturamento global do mercado de games em 2023. Segundo a consultoria Newzoo, trata-se de um crescimento modesto de 2,6% em relação a 2022


(foto: Sergio Lima / AFP - 15/2/23)

“O Banco Central tem uma grande preocupação com o social. E uma das coisas que ficou sempre muito clara para mim é que não existe crescimento sem inclusão e sustentabilidade”
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central