A agenda econômica do Brasil deverá ser ainda mais intensa no segundo semestre do que já foi no primeiro. Um ponto de partida será a aprovação, no Congresso, do novo arcabouço fiscal. O texto sofreu alterações no Senado e voltou para a Câmara dos Deputados. Há urgência para o projeto. Ontem, o presidente da casa, Arthur Lira, informou que o tema voltará a ser discutido nesta semana. Outro tema que merecerá atenção redobrada é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), uma espécie de prévia do Orçamento da União, que precisa ser votada até 31 de agosto. O problema é que o andamento da LDO depende do desfecho do arcabouço fiscal; sem ele, estima-se que seria necessário cortar R$ 155 bilhões em despesas neste ano. Por fim, a reforma tributária aguarda apreciação do Senado para ser cumprida. Tudo isso exigirá esforço político e trajeto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para dialogar com os setores que têm interesses envolvidos. Não será fácil.
Pauta econômica preocupa mercado financeiro
Enquanto não destravar a pauta econômica, o governo Lula continuará provocando desconfiança do mercado financeiro. Depois de certa onda de otimismo ser observada nas últimas semanas, no embalo da queda da Selic, o que se nota agora é o aumento da preocupação com as reais intenções de Lula. Incomoda o fato de o presidente pressionar a Petrobras para segurar o preço dos combustíveis. Outro ponto de atenção é o excesso de concessões para o arcabouço fiscal, o que o tornaria sem sentido.
Startups encerraram ciclo de demissões
Depois de crescer de maneira desordenada durante a pandemia de COVID-19, as startups de tecnologia passaram boa parte de 2022 enxugando seus quadros. Estima-se que, no Brasil, ao menos 4 mil profissionais tenham sido demitidos dessas empresas. Agora, o movimento começa a ir na direção oposta. Uma pesquisa feita pela consultoria Triven constatou que 41% das startups não deverão mais fazer cortes de pessoal. “O setor vive uma virada de ciclo”, diz Fernando Trota, CEO da Triven.
YouTube gerou impacto de R$ 4,5 bilhões na economia brasileira
As maiores plataformas de mídias digitais se tornaram nos últimos anos grandes geradoras de negócios. Não é diferente como o YouTube. Um novo estudo feito pela consultoria britânica Oxford Economics mediu o impacto econômico da rede de compartilhamento de vídeos no Brasil. Segundo o levantamento, o YouTube contribuiu com R$ 4,5 bilhões para o PIB nacional e ajudou a gerar 140 mil empregos. A pesquisa apontou ainda que o número de canais com mais de 1 milhão de inscritos cresceu 20% em 2022.
0,63%
foi a alta, na passagem de maio para junho, do Índice de
Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB. Em maio, o indicador havia recuado 2,05%
"Ser presidente é como administrar um cemitério. Há um monte de gente embaixo de você, mas ninguém escuta”
Bill Clinton, ex-presidente
dos Estados Unidos
Rapidinhas
A americana BlaBlaCar, empresa especializada em viagens de carro compartilhadas – as famosas caronas –, fechou o primeiro semestre de 2023 com 15 milhões de usuários no Brasil. Trata-se do melhor desempenho desde que chegou ao país, em 2015. O número de caronas aumentou 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
A gestora brasileira de private equity Aqua Capital comprou, por US$ 65 milhões, 60% da rede americana de distribuição de insumos agropecuários Novus Ag. Trata-se da primeira investida da Aqua nos Estados Unidos. É uma aquisição de peso: a Novus possui 57 lojas nas principais regiões produtores de grãos do território americano.
A Petrobras e a Caixa assinaram um convênio para o financiamento de até R$ 1 bilhão em negócios ligados à cadeia do setor de óleo e gás. A iniciativa faz parte do “Programa Progredir”, que busca apoiar os fornecedores da petrolífera. Em linhas gerais, o financiamento oferece taxas 30% menores do que as médias praticadas pelo mercado.
Os pequenos negócios descobriram no comércio eletrônico uma boa fonte de receitas. Dados da Nuvemshop, plataforma especializada na criação de lojas virtuais, indicam que as pequenas e médias empresas brasileiras movimentaram R$ 194 milhões no Dia dos Pais, valor 19% maior do que o obtido no mesmo período de 2022.