Com a inflação, jamais se deve baixar a guarda. O início do ciclo de queda de juros pelo Banco Central fez muita gente supor que a alta de preços estava totalmente controlada. Não é bem assim. Segundo o mais recente boletim Focus, relatório semanal que aponta as expectativas do mercado, o IPCA, a inflação oficial do país, subirá 4,90% em 2023 – a previsão anterior era 4,84%. Em evento realizado ontem pelo banco Santander, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a batalha contra a inflação não está ganha e que é preciso persistir na política monetária mais restritiva. Ou seja, o mercado não deve esperar cortes muito expressivos da taxa Selic até o final do ano. Desde 1999, quando foi instaurado o regime de metas inflacionárias, o BC tem sido bem-sucedido em conter a escalada de preços. Portanto, é de se esperar que a autarquia continue com sua agenda mais rigorosa, apesar das pressões vindas do governo federal.
Produção e vendas de motos crescem em ritmo forte
Enquanto a indústria de carros continua com o pé no freio, os fabricantes de motos comemoram os bons resultados de 2023. De janeiro a julho, o setor produziu no país 887 mil unidades, um crescimento de 14,3% sobre o mesmo período de 2022. Por sua vez, as vendas aceleraram 21,4% na mesma base comparativa. Os dados são da Abraciclo, associação que reúne as montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus. Em até cinco anos, a expectativa é alcançar a produção anual de 2 milhões de motos.
Excesso de isenções tornará reforma tributária menos efetiva
É consenso entre economistas que a reforma tributária poderá representar um grande salto para a economia brasileira. Contudo, ela perderá efetividade se forem concedidas muitas isenções. É isso o que preocupa alguns segmentos da indústria. “Quanto mais isenções nós tivermos, maior será a alíquota”, disse Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em evento realizado no Rio de Janeiro. “Saúde e educação precisam de isenção, mas tem que existir um limite.”
Balneário Camboriú vive explosão de preços imobiliários
Nos últimos anos, as regiões nobres de São Paulo e do Rio de Janeiro revezavam-se entre os metros quadrados mais caros do Brasil. Agora, no entanto, ambas foram superadas por Balneário Camboriú, em São Catarina. Na cidade, o metro quadrado residencial custa, em média, R$ 12.335, acima de qualquer outra localidade brasileira. Segundo o índice Fipezap, nos últimos 12 meses os preços imobiliários no município tiveram valorização de 22,4% – foram os que mais encareceram no país.
US$ 15,5 trilhões
é quanto o turismo movimentará no mundo em 2023, segundo previsão do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). Se confirmado, o valor representará 11,6% do PIB mundial, um recorde
RAPIDINHAS
- Os programas de fidelização ganham espaço no agronegócio brasileiro. Startup nascida em 2020, o Clube Agro permite que produtores cadastrados em sua plataforma acumulem pontos para trocá-los por insumos. Atualmente, o Clube Agro conta com 105 mil participantes. Um ano atrás, eram cerca de 70 mil. A meta é chegar a 150 mil até o final do ano.
- As carnes cultivadas em laboratório entraram na mira das autoridades. Na Itália e no Uruguai, projetos de lei querem proibir a produção do alimento sob a alegação de que não existem estudos científicos suficientes para assegurar que a inovação não faz mal para a saúde. O veto é apoiado por produtores rurais.
- A Nomad, fintech que oferece conta em dólar para brasileiros, recebeu um aporte de R$ 300 milhões liderado pela gestora americana Tiger Global Management. Com isso, a empresa passa a ser avaliada em R$ 1,8 bilhão. Segundo a Nomad, os novos recursos serão usados para a captação de clientes e desenvolvimento de produtos.
- Um dos sonhos profissionais de boa parte dos brasileiros é trabalhar em sistema de home office. Pelo menos é isso o que mostra pesquisa feita pela empresa de benefícios e incentivos Pluxee, antes conhecida como Sodexo. Segundo o levantamento, 52% dos jovens mudariam de emprego se pudessem dar expediente em casa.