Como era esperado, o Banco Central realizou o segundo corte consecutivo da taxa Selic, desta vez de 0,5 ponto percentual, fixando-a no patamar de 12,75% – é o menor dos últimos 16 meses. A decisão foi unânime. Mais importante do que isso: o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a mesma expectativa de corte para as próximas reuniões, indicando que não haverá surpresas no futuro próximo. A previsibilidade, embora enfadonha para alguns, é ótima para a economia.
Com ela, as empresas planejam melhor suas ações, os investidores sabem que caminhos tomar. Também não houve surpresas na decisão de ontem do Federal Reserve, o banco central americano, que manteve a taxa de juros de referência do país inalterada, na faixa entre 5,25% e 5,50%. Sem sustos nos dois informes, os mercados tendem a manter a serenidade, pelo menos nos próximos dias. Segundo analistas, o cenário até o final do ano caminha para se tornar mais positivo.
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Acabou a lua de mel de Fernando Haddad com o mercado financeiro?Preço do petróleo dispara e poderá levar à alta da inflaçãoDecisão de juiz de São Paulo obriga a Uber a contratar motoristasEm crise, plataformas de streaming abrem espaço para anúnciosTombo na arrecadação põe em xeque a promessa de déficit zero para 2024Taxa de sindicalização desaba no mundo
Não é apenas no Brasil que os sindicatos perderam força. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informa que, em 1980, a taxa de sindicalização da indústria nos países ricos era de 43%. No século 21, o índice caiu pela metade (22%). Para a OIT, os avanços tecnológicos – que levaram a jornadas flexíveis e mudanças nas formas de trabalho – criaram um ambiente corporativo menos favorável à sindicalização. Por isso, não faz sentido discutir a realidade atual pelo prisma do passado.
Amazon abre estações logísticas em favelas em são paulo
A Amazon está voltando as atenções para as favelas brasileiras. Em parceria com a empresa de entregas Favela Llog, a gigante americana de comércio eletrônico abriu seis estações logísticas em comunidades da Grande São Paulo. Há projetos parecidos em outras regiões do Brasil. Faz sentido. O número de pessoas que vivem em favelas dobrou no país na última década. Segundo estudo feito pela Data Favela, se as comunidades formassem um estado, constituiriam o terceiro mais populoso do Brasil.
Em 4 anos, Shein deverá quintuplicar suas vendas
Fundada em 2008, a plataforma asiática Shein tornou-se em pouco tempo a principal varejista de moda do mundo e um das três maiores empresas globais do comércio eletrônico. Ainda assim, seu império deverá avançar ainda mais. A consultoria Heartman House estima que o volume bruto de vendas (métrica conhecida como GMV) da companhia poderá quintuplicar até 2027, passando dos atuais US$ 23 bilhõe s para US$ 100 bilhões. A marca está presente em 150 países e, no Brasil, faturou R$ 8 bilhões em 2022.
“O cenário para arrecadação do ano que vem melhorou, o que significa que o atingimento das metas fiscais será facilitado”
Rapidinhas
- O Grupo Carrefour Brasil aderiu ao movimento “Racismo Zero”, criado pela Universidade Zumbi dos Palmares para fomentar a inclusão. Uma das metas da empresa é ter 50% de profissionais negros em posições de gerência ou acima até 2026. As ações contra o racismo foram intensificadas após a morte de João Alberto Freitas em uma loja de Porto Alegre, em 2020.
- A fintech Pravaler, especializada em financiamento estudantil, comprou a carteira de crédito da Ânima Educação, um dos maiores conglomerados de ensino do país, por R$ 55 milhões. Além da Ânima, a empresa adquiriu recentemente outros ativos valiosos, como as carteiras da Ser Educacional e da Uninta.
- O número de fundos de investimentos sustentáveis, como são chamados aqueles que cumprem preceitos ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança), está em alta no Brasil. Eram 19 no final do ano passado e passaram a ser 49 atualmente, segundo a Anbima, a associação das entidades do mercado financeiro.
- A economia verde avança. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a bioenergia gerada pelo setor sucroenergético nos sete primeiros meses do ano cresceu 7,1% em relação ao mesmo período de 2022. A cana continua a ser a principal fonte de geração de energia com biomassa no país.