Jornal Estado de Minas

MERCADO S/A

Bons resultados do emprego abrem perspectivas otimistas para a economia


Nos últimos dias, dois indicadores mostraram os surpreendentes níveis de emprego no Brasil. Divulgada na semana passada, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) constatou que a taxa de desemprego caiu para 7,8% no trimestre encerrado em agosto – foi o menor índice desde fevereiro de 2015, quando era de 7,5%.



Ontem, foi a vez do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrar um cenário igualmente promissor. Em agosto, o Brasil abriu 220,8 mil vagas de trabalho formal. O resultado veio muito melhor do que o esperado pelo mercado, que projetava a criação de 173 mil vagas. Nesse níveis, alguns especialistas já falam que o país pode estar caminhando para uma situação de pleno emprego, o que obviamente traria implicações para a economia. Com o emprego em alta, a renda cresce e o consumo tende a ser maior. Se a inflação permanecer sob controle, 2024 trará boas perspectivas.

US$ 80 milhões

é quanto a companhia aérea americana United Airlines economizaria por ano se o peso médio dos passageiros diminuísse 4,5 quilos. Isso porque o consumo de combustível está relacionado ao peso da aeronave

Programa de reciclagem da Vivo é reconhecido em premiação internacional

A Vivo é a única empresa brasileira e do setor de telecomunicações no mundo presente no “Change the World List”, ranking da revista americana Fortune que lista as companhias que mais contribuem para o desenvolvimento da sociedade. A empresa ocupa a 21ª posição, ao lado de marcas globais, como Apple e Patagônia. A classificação destaca o programa Vivo Recicle, que promove a reciclagem de eletrônicos. Em 2022, a iniciativa recolheu 11,3 toneladas de lixo eletrônico.

Até Roberto Campos Neto alfineta mercado financeiro

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aproveitou a realização de um evento organizado pela Associação Brasileira de Câmbio (Abracam) para alfinetar o mercado financeiro. “O mercado tem errado bastante as projeções de crescimento, sempre para baixo”, disse. Ele tem razão. No início do ano, os agentes financeiros previam um crescimento de 0,8% do PIB em 2023, mas as estimativas já estão em 2,9%, segundo o Boletim Focus, publicação do BC que mede as expectativas do mercado.

BTG Pactual compra mais uma corretora. Desta vez, a Órama Investimentos

De olho na expansão de suas plataformas digitais, o BTG Pactual comprou a corretora Órama Investimentos por R$ 500 milhões. Trata-se de um importante movimento do banco. A Órama possui R$ 18 bilhões em ativos sob custódia e uma carteira formada por 360 mil clientes. Para ganhar musculatura no mercado, o BTG tem realizado investimentos robustos em corretoras. Em 2020, incorporou a Necton, por estimados R$ 350 milhões. Em 2022, foi a vez da Elite Investimentos, mas o valor não foi informado.





Rapidinhas

  • As fintechs aceleram. No primeiro semestre, o banco digital Will Bank registrou um aumento de 63% no volume de transações processadas em seu cartão de crédito em relação o mesmo período do ano passado, segundo dados da consultoria Cardmonitor. A cifra foi de R$ 8,8 bilhões. Atualmente, o Will Bank possui 5 milhões de clientes.

  • Nem Estados Unidos, nem Europa. De acordo com uma projeção feita pela consultoria S&P Global Mobility, a China deverá liderar o mercado de carros autônomos. A estimativa é que, até 2035, pelo menos 800 mil veículos desse tipo estejam em circulação no mundo – o mercado chinês deverá responder por quase 60% do total.

  • As demissões na Americanas continuam. Entre 21 de agosto e 17 de setembro, a empresa mandou embora 1.131 funcionários. Desde o início do ano, cerca de 8 mil trabalhadores foram afastados, e o número deverá crescer nos próximos meses. A empresa está em recuperação judicial desde a a revelação de fraudes contábeis que somam R$ 20 bilhões.

  • Os shopping centers brasileiros contabilizaram o fechamento de 127 lojas em agosto, conforme levantamento feito pelo banco americano Bank of America (Bofa). A Polishop foi a empresa que mais fechou unidades – nove ao todo. Grupo Americanas e Casas Bahia também estão na lista das empresas que eliminaram operações.
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