O agronegócio brasileiro está prestes a alcançar mais um feito: a partir de 2024, o topo do ranking mundial de exportações de algodão sofrerá uma inversão. Perdem a liderança os Estados Unidos, em razão de adversidades climáticas, e sobe ao degrau mais alto do pódio o Brasil, que atravessou os períodos de plantio, desenvolvimento e colheita da fibra sem grandes sobressaltos. Além disso, ressalte-se que a cotonicultura nacional se beneficiou da modernização da produção nos últimos anos. Não é a apenas o algodão que vive ótimas perspectivas. O Brasil verá em 2023/2024 uma das maiores safras de cana-de-açúcar da história. Clima favorável, ganhos em produtividade e investimentos em inovação deverão resultar na moagem de 660,6 milhões de toneladas, conforme estimativa da consultoria Job Economia. O número fica ligeiramente abaixo do recorde nacional de 665 milhões de toneladas apurado em 2015 pela Conab. Lembre-se que o Brasil é o principal “player” açucareiro do mundo.
Otimismo dos consumidores aumenta
Na economia, o otimismo é um instrumento essencial. Sem ele, as empresas não contratam, os investidores recuam, os consumidores não gastam. Nesse contexto, um bom termômetro foi capturado pela Associação Comercial de São Paulo. Segundo pesquisa encomendada pela entidade, o nível de otimismo dos consumidores aumentou em agosto pelo terceiro mês consecutivo. Entre outras conclusões do estudo, a intenção de compra dos brasileiros está em alta. Isso é ótimo especialmente às vésperas de fim de ano.
Airbnb sofre com restrições em Nova York
As novas regras impostas pela prefeitura de Nova York, que endureceu a autorização para que proprietários aluguem seus imóveis na cidade pela plataforma Airbnb, afetou de maneira expressiva os negócios da empresa. Desde o anúncio da medida, o Airbnb viu sua oferta de locação em Nova York diminuir 75%. Na direção oposta, os hotéis passaram a aumentar seus preços, já que notaram um aumento da demanda por reservas. A disputa entre as autoridades locais e a plataforma está longe de terminar.
Geração de empregos tende a perder força
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (foto), tem dito a interlocutores que o Brasil vive um cenário de pleno emprego e que as contratações deverão se manter em alta no ano que vem. Contudo, o excesso de otimismo de Marinho não é compartilhado pela maior parte dos economistas. E por uma razão principal: é consenso que o PIB brasileiro perderá forçar em 2024, crescendo abaixo dos 3% previstos para 2023. Com a economia mais fraca, portanto, espera-se que a geração de vagas seja menor.
5,6%
foi quanto caiu ontem o preço do barril de petróleo tipo brent, no maior recuo desde o início do ano
Rapidinhas
- Depois de 7 anos sem vir ao Brasil, o economista bengali e Nobel da Paz Muhammad Yunus volta ao país entre 15 e 21 de outubro para se reunir com empresários, investidores, parceiros de negócios e políticos brasileiros. No dia 19, estará em Brasília e participa da instalação do comitê da Enimpacto (Estratégia Nacional de Economia de Impacto).
- A Yunus Negócios Sociais, presente no Brasil há 10 anos e cofundada por Yunus, é uma das integrantes do comitê e vai colaborar para a ampliação dos investimentos de impacto no país. Em tempo: o Comitê da Enimpacto deverá ser formado por ao menos 25 órgãos e 25 representantes da sociedade civil.
- O Hospital Albert Einstein realiza em 6 e 7 de outubro, em São Paulo, o IV Simpósio Internacional de Bem-Estar. O evento abordará o que a ciência, a arte e a inovação têm a ver com o bem-estar e quais são os melhores modelos de trabalho na atualidade. O simpósio contará com a participação de profissionais nacionais e internacionais.
- Na lógica do mundo corporativo, é quase sempre um mau sinal quando os executivos vendem ações de empresas onde trabalham. Nesta semana, os investidores assustaram-se com o fato de Tim Cook, presidente da Apple, ter se desfeito de US$ 41 milhões em papéis da gigante da maça. Nos últimos 3 meses, as ações da Apple tombaram 12%.