Loja da rede chinesa no Brasil: diferença de preços para produtos brasileiro vem caindo
- Gladyston Rodrigues/EM/DA. Press
MERCADO S/A
Shein cobra mais barato, mas vantagem deve diminuir
Para especialistas, o possível aumento da tributação no setor deverá reduzir ainda mais as vantagens dos asiáticos
Amauri Segalla
17/10/2023 04:00 - Atualizado em 17/10/2023 07:41
É consenso que os preços praticados pelos marketplaces asiáticos são mais baixos do que os vendidos por varejistas brasileiros. Mas, afinal, qual é a diferença de valores? O BTG Pactual foi atrás da resposta. O banco comparou oito produtos idênticos vendidos pela Shein (foto) e concorrentes com longa atuação no mercado brasileiro e descobriu que, nas categorias avaliadas, a plataforma chinesa é 26% mais barata do que a Renner e 22% mais em conta do que a Riachuelo. A menor diferença se deu na comparação com a C&A, que cobra valores 17% acima da plataforma chinesa. Números como esses explicam o bom desempenho da Shein no Brasil. O curioso é que, comparando os resultados com a pesquisa anterior feita pelo BTG, em abril, a defasagem de preços em relação aos rivais diminuiu. Para especialistas, o possível aumento da tributação no setor deverá reduzir ainda mais as vantagens dos asiáticos.
Grupo Pão de Açúcar vende ativos para aliviar dívidas
O Grupo Pão de Açúcar está peto de embolsar providenciais R$ 790 milhões. Ontem, a empresa informou que fechou um acordo para vender sua participação na rede colombiana Éxito para um rede de El Salvador. O negócio dará fôlego extra para a redução de dívidas, que totalizavam R$ 2,9 bilhões no final do segundo trimestre. Ao longo de 2023, o GPA se desfez de vários ativos, incluindo 11 lojas (negociadas por R$ 330 milhões) e um terreno no Rio de Janeiro (vendido por R$ 247 milhões.)
No embalo da retomada do turismo, as companhias aéreas colecionam bons resultados no Brasil. A Latam transportou 24,3 milhões de passageiros domésticos entre janeiro e setembro de 2023, o que corresponde a um acréscimo de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados se devem também ao aumento dos destinos cobertos pela empresa – desde 2021, foram incorporados 11 à sua operação no país. Com as guerras pelo mundo, a tendência é que o turismo nacional continue em alta.
LinkedIn anuncia demissÕes em massa
Os cortes de pessoal nas grandes empresas voltarão com força até o final do ano? De fato, teme-se que uma nova onda de demissões possa estar a caminho. Ontem, o LinkedIn, rede social corporativa que pertence à Microsoft, demitiu 668 pessoas de um quadro formado por cerca de 20 mil profissionais. Segundo comunicado feito pela Microsoft, os cortes afetam funcionários das áreas de tecnologia, produtos, recursos humanos e administração. A empresa não revelou se a medida chegou ao Brasil.
17%
é a defasagem do preço do diesel cobrado pela Petrobras nas refinarias em relação ao mercado internacional, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom)
Rapidinhas
A Cedro Agro, empresa do Grupo Cedro Participações, prevê investir R$ 400 milhões em 4 mil hectares para cultivo de café arábica na Serra do Cabral, em Minas Gerais. Plantado em áreas de altitude elevada e irrigado por gotejamento, o café encontra ali clima ideal para prosperar. A empresa já investiu R$ 130 milhões.
Nos nove primeiros meses do ano, o Consórcio New Holland, administrado pela Ademicon, contabilizou um aumento de 15% nas vendas de créditos voltados para a aquisição de maquinário agrícola em relação ao mesmo período de 2022. O valor somou quase R$ 1 bilhão. “Acreditamos no potencial do agro”, diz Eyji Cavalcante, gerente do Consórcio New Holland.
Com o avanço dos recursos tecnológicos, a conectividade se tornou um dos grandes desafios do agronegócio brasileiro. De acordo com levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura, apenas 27% das propriedades rurais do país estão conectadas. É um índice baixíssimo perto das novas demandas do setor.
A produção de etanol a partir de diferentes matérias-primas – como milho, trigo e sorgo – cresce no Brasil e abre novas perspectivas de negócios para a chamada economia verde. Estima-se que, nos últimos 5 anos, a produção de etanol de milho aumentou impressionantes 800% em solo brasileiro, mais do que em qualquer outra nação.