A mortalidade por câncer deve aumentar em 32% no mesmo período, variando de um aumento de 56,5% nas mortes por câncer de próstata a um aumento de 4,3% no câncer testicular. No entanto, todas as previsões estão sujeitas a suposições sobre como a população em geral mudará até 2040, com aumentos na mortalidade geral e alterações nos padrões de migração tendo um impacto potencial notável.
Os resultados obtidos permitem comparações internacionais, destacando diferenças e identificando possíveis ações para mitigar as desigualdades entre e dentro dos países. A primeira maneira de se reduzir o futuro fardo do câncer em toda a Europa é a prevenção, porque a boa notícia é que quase 40% dos cânceres podem ser evitados reduzindo-se a exposição das pessoas aos riscos ambientais e de estilo de vida, que também estão ligados ao desenvolvimento social e econômico.
Em sua apresentação, Dyba explicou que a análise envolveu duas etapas. Para a primeira fase, os números do Sistema Europeu de Informação sobre o Câncer foram usados para calcular a incidência bruta de câncer e as taxas de mortalidade para 2020 para os 27 países da UE (Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Suécia) mais os três países da EFTA (Islândia, Noruega e Suíça).
Além disso, a mortalidade por câncer deve aumentar 27,4% nas mulheres e 36,1% nos homens no mesmo período, ou 32,2% no geral, para 1,7 milhão de mortes. O menor aumento na mortalidade por câncer seria novamente visto sem migração, em 31,5%, subindo para 35,4% com maior expectativa de vida.