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Pesquisa mostra que traição pode evitar o fim de um casamento

De acordo com levantamento da Ashley Madison.com, infidelidade funciona como 'picância' secreta, preservando matrimônios a longo prazo


postado em 16/01/2020 04:00 / atualizado em 15/01/2020 22:29


A Ashley Madison.com, pesquisadora do destino de pessoas casadas e líder global em estudo de casos, relacionamentos e fantasias, foi a primeira empresa a manter um site para encontros extraconjugais, que funciona desde 2002. Sua carteira reúne cerca de 54 milhões de membros em todo o mundo. É dela a pesquisa que mostra como ocorrem os casos extraconjugais. Um novo ano começou, é hora de nos livrarmos das coisas (e pessoas) que não estão mais nos servindo. Para muita gente, isso significa divórcio. Mas por que seguir o árduo e caro caminho do divórcio quando você pode encontrar a felicidade de maneira muito mais fácil, embora controversa?

A pesquisa realizada pela Ashley Madison entre seus usuários quis saber por que eles escolheram trair e ficar casados em vez de se separar. No geral, a primeira opção apontou o aumento da felicidade de muitos consultados, mostrando que a infidelidade pode ser a “picância” secreta para preservar casamentos a longo prazo.

Entre os entrevistados, 61%, em algum momento, consideraram o fim do casamento – para 19%, esse período ocorreu após 20 anos ou mais com o cônjuge. Curiosamente, 27% dos que não consideram se separar pensaram em ter um caso logo no começo da relação, de um a três anos depois de “sim”, e 30% estão casados há mais de 22 anos.

Para muitas pessoas, a traição, portanto, vem à mente muito antes do divórcio. Com base nos dados da Ashley Madison, o começo do ano registra um pico de inscrições no site. “Geralmente, vemos um aumento após as férias”, afirma Isabella Mise, diretora de Comunicações da empresa. “Várias pessoas estão passando muito tempo com a família, gastando muito, viajando, e às vezes isso revela algumas falhas de relacionamentos monogâmicos. As razões de alguém para iniciar um caso podem ser as mesmas de quem pede o divórcio. Muitos de nossos membros não querem mais deixar o casamento e relatam o aumento da felicidade geral desde que passaram a explorar relacionamentos extraconjugais”, diz a diretora da Ashley.

Os motivos para iniciar um caso ou pedido de divórcio podem ser semelhantes, mas e os motivos para se escolher um ou outro? Para 57% dos usuários que não querem deixar seu cônjuge, a família, o amor e as seguranças emocional e financeira contribuíram para a decisão de ter um affair.

A pergunta “por que você optou por não se divorciar e recorrer à infidelidade?” teve as seguintes respostas: não quero separar minha família (31%); ainda amo meu cônjuge e simplesmente não consigo permanecer celibatário (20%); estou seguro no meu casamento, emocional e financeiramente (18%); ainda amo meu cônjuge, mas não posso continuar fazendo sexo apenas com ele (14%); não acho que seria mais feliz me casando com outra pessoa (10%); e não posso me divorciar (8%).

“Divórcio não é opção para muitas pessoas casadas, elas não querem pôr fim à família ou encerrar sua parceria”, aponta Tammy Nelson, autora de When you’re the one who cheats. “Como resultado, às vezes as pessoas traem para permanecer no casamento. Eles podem amar o cônjuge e a família, apenas querem algo diferente, um parceiro sexual único ou uma experiência erótica. Uma breve aventura também pode lembrar a alguém que o que tem em casa não vale a pena jogar fora por causa de um curto relacionamento sexual. O divórcio é permanente, um caso não precisa ser.”

O divórcio pode não ser o único caminho para a felicidade. Quando a infidelidade puder resolver os problemas que motivam o término do casamento, dá para tentar outra solução antes de ir aos tribunais. A pesquisa foi realizada com 3.378 usuários da Ashley Madison entre 24 e 30 de dezembro de 2019.

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