Jornal Estado de Minas

Botox ou preenchimento? Tome cuidado ao adotar tratamentos estéticos

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis


Os avanços nos tratamentos estéticos são impressionantes. Lembro-me da primeira plástica que minha mãe fez. Eu era jovem. Quando ela chegou no quarto, estava com um capacete enorme de atadura, alguns esparadrapos na região dos olhos, que, por sua vez, estavam bem inchados. Levei o maior susto, não esperava aquela cena. Tentava despistar, para não assustá-la também. Depois de alguns dias, removeram todo esse aparato e aí foi possível ver o grande corte em torno da cabeça.



Hoje, esse procedimento mudou bastante, inclusive não se corta o alto da cabeça. As mulheres não ficam mais com aquela testa enorme, as rugas nessa região são tratadas com botox. E o lifting (a plástica grande) só é feita depois de muitos paliativos estéticos.

O botox surgiu jogando por terra aquele ditado “de graça, nem injeção na testa”. As pessoas passaram a pagar caro. A toxina botulínica reinou absoluta por muitos anos, tirando pelo período de quatro a seis meses as rugas da testa e os famigerados pés de galinha. Por sinal, a substância é excelente para tratar paralisia facial.

Agora, o queridinho da vez é o ácido hialurônico, que se tornou amigo íntimo de homens e mulheres acima dos 25 anos. Ele faz parte do nosso corpo e tem várias funções, como hidratar, manter a elasticidade, contribuir para a sustentação da derme e prevenir o envelhecimento precoce. Já está comprovado pela medicina que, assim como o colágeno, a partir dos 18 anos, a produção do ácido hialurônico começa a diminuir gradativamente. Por esse motivo, os primeiros sinais e linhas de expressão surgem, formando vincos próximos à boca, olhos ou testa.



Não é à toa que existe uma infinidade de cremes hidratantes e cosméticos antiaging com a substância. Esses cuidados melhoraram a textura e o viço da pele, mas não podem corrigir a perda de volume e gordura facial. O próximo passo foi descobrir a melhor maneira de injetar o ácido hialurônico, fazendo preenchimento.

A médica Andrezza Fusaro explica que “quando as marquinhas ainda não são permanentes e aparecem apenas ao sorrir ou com certas expressões faciais, as chamamos de ruga dinâmica. Nesse caso, a toxina botulínica é o tratamento ideal, pois sua função é diminuir o movimento do músculo e prevenir as linhas. Diferentemente do preenchimento, que devolve o volume já perdido ou preenche pontos desejados, trazendo de volta a harmonia ao rosto”.

O ácido hialurônico é eficiente para recuperar ou corrigir os contornos do rosto, a região dos olhos, bochechas, lábios e nariz. Outras áreas de aplicação são as olheiras fundas, que podem refletir um semblante abatido, independentemente da idade. Por isso, muitas pessoas fazem o preenchimento na área abaixo dos olhos para eliminar esse aspecto. O contorno e preenchimento dos lábios, correção de pequenas falhas no nariz e a chamada giba óssea, a famosa pontinha projetada para cima, são os tratamentos mais procurados.



O efeito do botox surge 72 horas depois da aplicação. No caso do preenchimento com ácido hialurônico, ele é imediato e, a partir de 30 dias, o resultado fica ainda mais visível, pois o produto se integra aos tecidos da pele. A durabilidade varia de acordo com a densidade aplicada. A área da olheira, por exemplo, precisa de menos produto do que um contorno facial. O tempo mínimo é quatro meses; o máximo, oito. A contraindicação é apenas para peles com quadros de acne grave e que estejam em tratamento com Roacutan.

Tudo isso é maravilhoso e fica muito bem se usado com equilíbrio, na dose certa. O problema é que algumas pessoas exageram na dose, ou os médicos aplicam em excesso – não saberia dizer –, o que acaba deformando o rosto. Não são poucas as mulheres com aparência do Fofão, aquele cachorrão do programa infantil dos anos 1990. Como tudo na vida, cuidado, cautela, bom senso e equilíbrio não fazem mal a ninguém. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)