Jornal Estado de Minas

Obesidade e diabetes não devem ser creditadas só a refrigerantes

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Ainda bem que a informação que demos aqui, na semana passada, sobre refrigerantes, recebeu resposta rápida dos interessados, que me apresso em publicar:

“Sou Aline Sanromã, assessora de comunicação da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir). Li no Estado de Minas, em sua coluna, matéria sobre estudo relacionado aos refrigerantes e gostaríamos de fazer alguns esclarecimentos, conforme documento anexo, principalmente em relação ao sódio. Gostaríamos de pedir a gentileza de acrescentar o posicionamento em seu artigo para informação de seus leitores. Qualquer dúvida, estou à disposição. E sempre que precisar de qualquer informação sobre o setor, ficarei feliz em contribuir com o que for necessário.”





“Em relação à matéria ‘Um copo de refrigerante por dia faz mal à saúde?’, publicada em 13 de agosto, no Estado de Minas, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas esclarece que:

n Os refrigerantes e sucos vendidos no Brasil, bem como todas as outras bebidas não alcoólicas, possuem suas fórmulas autorizadas pelo Ministério da Agricultura e regulamentação de ingredientes definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os produtos são ainda fiscalizados pelos órgãos competentes por meio de diferentes ações, como, inclusive, a verificação de lotes já distribuídos em mercados. De forma que os produtos são atestados e fiscalizados para garantia de segurança e adequação à legislação. Portanto, os refrigerantes não contêm elementos químicos nocivos ao corpo, assim como não estão relacionados com doenças.

n A obesidade é uma doença multifatorial que cresceu 72% no país de 2006 a 2019, segundo a Pesquisa Vigitel, divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde. Já a diabetes mellitus teve aumento de 34,5% no período. Na contramão desses dados, segundo a mesma pesquisa, a frequência de consumo de refrigerantes caiu 51,5% de 2007 a 2019. Ou seja, não se pode vincular o problema a um único produto, pois isso deixa a solução cada vez mais distante.

n Vale destacar que a maior parte do consumo de açúcar no Brasil vem do que é adicionado no preparo final dos alimentos, em casa ou em bares e restaurantes: 56,3%. O açúcar adicionado nos alimentos industrializados responde por 19,2% do total consumido, de acordo com estudos feitos com base nos dados da POF/IBGE.





n Com relação ao sódio, os refrigerantes, sejam eles normais, diet ou light comercializados no Brasil, possuem teor de sódio tão baixo, que a maioria pode ser classificada como “baixo” ou “muito baixo”, de acordo com a Anvisa. A quantidade de sódio contida em porções de 200ml dessas bebidas está entre 11mg e 42mg de sódio. A Anvisa, por meio de sua RDC 360/2003, informa que a quantidade diária de consumo seguro de sódio é de 2400mg. Para fins comparativos, uma colher de chá de sal (5ml ou cm3) contém 5.000mg de sal, o que equivale a 2.000mg de sódio. Dessa forma, fica ainda mais explícita a baixa quantidade de sódio contida nos refrigerantes. Uma porção de refrigerantes contém menos do que 0,5% da necessidade diária de sódio recomendada pela Anvisa para a dieta da população e não causa hipertensão.”

Os consumidores constantes e apaixonados agradecem a informação.