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Síndrome do intestino irritável exige a mudança de hábitos alimentares

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Um dos sintomas da COVID-19 que mais confusão provocam é, sem dúvida, o que causa problemas intestinais. Dos vários casos que me chegam de amigos e conhecidos, esses são os mais comuns. Como a síndrome do intestino irritável (SII) está presente na vida de cerca de 20% da população adulta brasileira, muitas pessoas vivem esse desconforto sem ser diagnosticadas. Os sintomas incluem dores, inchaço abdominal e episódios intercalados de constipação e diarreia. O distúrbio não é considerado doença, mas traz perda da qualidade de vida.





“A síndrome causa desordem funcional no intestino, mas não provoca alteração ou lesão que possa ser detectada em exames. É mais comum em mulheres e pode estar diretamente relacionada a momentos de estresse emocional. Embora não haja exame para comprovar a SII, é preciso procurar o médico para excluir a possibilidade de outras doenças”, explica a nutricionista ortomolecular Claudia Luz.

Feito o diagnóstico por eliminação, é possível amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida por meio de mudanças de hábitos, principalmente alimentares. “Já que a síndrome pode ser agravada por gatilhos emocionais, em alguns casos são indicadas abordagens terapêuticas para aliviar o estresse e a ansiedade, além de acompanhamento psicológico”, pontua a nutricionista.

As causas da síndrome do intestino irritável ainda não estão completamente esclarecidas, mas acredita-se que sua origem seja multifatorial. “Além da alimentação e da questão emocional, a desordem pode estar ligada a fatores genéticos e desequilíbrios na flora intestinal”, explica Claudia. Por isso, o tratamento deve contar com acompanhamento multidisciplinar que inclua médico e nutricionista.





A mudança da alimentação é importante, pois algumas escolhas na hora da refeição podem piorar os sintomas. “Estudos têm mostrado que dietas ricas em alimentos altamente fermentáveis, conhecidos no meio científico como Fodmaps, trazem pioras significativas nos quadros de SII. Uma das estratégias nutricionais indicadas é justamente reduzir o consumo desses alimentos”, reforça Claudia.

O grupo dos Fodmaps é grande, inclui alguns tipos de frutas, leite e derivados, leguminosas e carboidratos. De acordo com a especialista, a dieta para reduzir o consumo desses alimentos pode amenizar as crises intestinais, mas não deve ser feita por muito tempo e precisa do acompanhamento de um nutricionista.

No plano alimentar, é preciso priorizar as opções naturais, dando atenção especial à hidratação ao longo do dia. Na hora de temperar, é importante usar condimentos naturais, já que as versões industrializadas podem ser prejudiciais para a saúde do intestino e do organismo como um todo.

Para potencializar os resultados da alimentação balanceada, a suplementação de probióticos também pode ser indicada pelo nutricionista e desenvolvida de forma personalizada em farmácias de manipulação.

“O uso desse tipo de nutracêutico é muito eficaz no reequilíbrio da flora intestinal e no alívio de dores, distensões, constipação e diarreia. No caso da cepa Saccharomyces cerevisiae (Bowell), estudos apontam a melhora dos sintomas nos primeiros 15 dias de uso”, finaliza Claudia.





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