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Estado de Minas Anna Marina

Candidíase pode ser aumentada ou prevenida com alimentos

Alimentos ricos em açúcar, industrializados e carnes processadas pioram a condição da doença, que afeta 75% das mulheres


21/05/2021 04:00

Sementes de abóbora, ricas em ômega 3, fortalecem o sistema imunológico e ajudam na prevenção da candidíase (foto: Taioba Brava/Divulgação)
Sementes de abóbora, ricas em ômega 3, fortalecem o sistema imunológico e ajudam na prevenção da candidíase (foto: Taioba Brava/Divulgação)


A candidíase, doença bem feminina, é marcada por sintomas como coceira que no dia a dia dão em locais de que poucos gostam de falar: na vagina e na vulva. Provoca ardência ao urinar, dor durante a relação sexual, vermelhidão na região e corrimento vaginal espesso e esbranquiçado, o que pode causar grande desconforto.

“Extremamente comum, a candidíase afeta cerca de 75% das mulheres, ocorrendo devido a desequilíbrios na microbiota vaginal. Higienização excessiva, uso de produtos inadequados e calcinhas sintéticas causam alteração no pH da vagina, desregulando as bactérias do local, o que cria um ambiente propício para a proliferação de micro-organismos, incluindo o fungo Candida albicans, causador da candidíase”, explica Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU.

Mas também existe a influência clara da alimentação: “Alguns alimentos previnem, melhoram ou pioram o quadro dessa patologia tão recorrente nas mulheres”, acrescenta a médica. De acordo com ela, os alimentos podem tanto favorecer a multiplicação dos fungos que causam a candidíase quanto melhorar os fatores que podem prevenir essa patologia, ou seja, melhora do sistema imunológico, da flora intestinal e controle do pH vaginal.

Com relação ao fortalecimento do sistema imunológico, hábitos como dormir e controlar o estresse também ajudam, mas o principal é focar na alimentação. O baixo consumo de vitaminas e minerais e, em contrapartida, o exagero em carboidratos, açúcar e doces ou alimentos enlatados, de calorias vazias e pobres em nutrientes, podem interferir na imunidade, piorando a doença.

“Os alimentos que são importantes para combater a doença são os integrais, frutas e vegetais, que fortalecem a flora intestinal, impedindo a proliferação da candidíase. Além deles, temos os alimentos fermentados, como iogurte natural, kefir e kombucha, que atuam tanto na melhora da saúde intestinal quanto do sistema imunológico; ervas naturais, como orégano, alecrim, tomilho, alho e cebola, que contam com ação antifúngica; gorduras boas como azeite e óleo de coco, que reduzem o fator inflamatório; e também sementes como chia, linhaça e de abóbora, ricas em ômega 3, que fortalecem o sistema imunológico”, explica a médica.

Com relação aos alimentos que pioram a condição, a lista é extensa, mas traz principalmente aqueles ricos em açúcar, o que altera o pH vaginal, além de produtos industrializados, ricos em conservantes e aditivos químicos que pioram a imunidade. Açúcar e doces, refrigerantes, bebidas alcoólicas e energéticos, carboidratos de alto índice glicêmico – como farinha branca, bolos, pães, salgados e biscoitos –, alimentos enlatados, carnes processadas (salsicha, linguiça, bacon e mortadela) e grãos refinados (arroz branco e macarrão branco) em excesso são ruins para a candidíase, segundo a médica.

No entanto, caso você esteja apresentando os sintomas da doença mesmo tomando todos os cuidados preventivos, principalmente com alimentação, não é uma boa estratégia realizar o diagnóstico e tratamento por conta própria, pois nem todo corrimento que coça é causado pela candidíase.

 “Infecção bacteriana, alteração na flora vaginal e produção excessiva de lactobacilos são apenas algumas condições que podem ser facilmente confundidas com a candidíase, mas que, apesar de terem sintomas similares, não respondem bem ao tratamento antifúngico comumente usado”, afirma a médica.

“Além disso, existem até mesmo casos de candidíase que podem ser resistentes ao tratamento convencional. Por isso, o ideal é sempre buscar um ginecologista para tratar qualquer tipo de infecção vaginal, principalmente em casos de repetição, já que apenas o médico pode realizar um exame de cultura de secreção vaginal para identificar a espécie de Candida que está causando o problema e assim recomendar o melhor tratamento para cada caso”, finaliza Eloisa Pinho.

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