Poucas são as pessoas que realmente entendem a importância da boa alimentação. A maioria se alimenta de forma intuitiva e acaba negligenciando uma nutrição saudável e seu papel na construção de uma boa qualidade de vida e na prevenção de diversas doenças. Uma dieta equilibrada e rica em diversidade de alimentos é responsável por uma série de benefícios, principalmente fornecendo ao organismo energia para as atividades diárias, inclusive cerebrais, e fortalecendo o sistema imunológico.
A seguir especialistas avaliam algumas questões que são desconhecidas por grande parte da população:
Variedade de alimentos: é o fator mais importante para uma boa nutrição do organismo. Ter uma dieta alimentar diversificada ajuda a manter os nutrientes ideais para o corpo. Quanto maior a variedade de cores, maior a quantidade de nutrientes, favorecendo a manutenção da saúde e prevenção de doenças. Alguns bons alimentos, que não são muito lembrados, podem ser adicionados na dieta da família, pois sãos nutrientes muito ricos. Confira:
• Alimentos verde-escuros: espinafre, brócolis, alface, agrião, couve. Fontes de fibras, betacaroteno, ferro, ácido fólico, vitamina K e clorofila.
• Alimentos alaranjados: mamão, caju, damasco, caqui. Fontes de betacaroteno (pré-vitamina A), vitaminas A e C.
• Alimentos vermelhos: morango, tomate, cereja, melancia, goiaba. Fontes de licopeno, antocianinas e vitamina C.
• Alimentos roxos: uva roxa, ameixa, mirtilo, jabuticaba, açaí, beringela. Fontes de antocianina e resveratrol.
• Alimentos marrons: nozes, castanhas, cevada, centeio, leguminosas (grão-de-bico, feijão, lentilha, soja), cereais integrais. Fontes de selênio, vitaminas E e do complexo B.
Moderação é a chave: quando se adquire uma consciência alimentar e se começa a ser naturalmente moderado, torna-se desnecessário realizar dietas excessivamente restritivas. Conhecendo o seu corpo, seus limites e adquirindo o hábito de se alimentar da forma como o seu corpo precisa, o risco de intercorrências relacionadas à alimentação diminui de forma considerável.
Natural não significa saudável: um alimento pode ser natural, orgânico, sem glúten, mas rico em açúcar ou gordura, pobre em fibra etc. Desse modo, não se pode dizer que natural signifique sempre saudável. Por isso é muito importante conhecer sempre os ingredientes que compõem o alimento.
Apenas um único alimento ou nutriente nunca é o problema: é improvável que um alimento sozinho cause problemas de saúde, ou seja, o único responsável em um caso de aumento de peso. Se há um problema causado por hábitos alimentares, muito provavelmente é pelo conjunto, e não pela ingestão de apenas um alimento específico. Uma exceção é no caso de alergias e intolerância, nas quais, de fato, uma substância presente em um alimento pode trazer problemas e, portanto, deve ser eliminada completamente da dieta.
Suplementos nutricionais: podem ser úteis. Entretanto, não substituem um hábito alimentar adequado. Os alimentos são as melhores fontes de nutrientes importantes para a saúde. Todas essas substâncias vegetais (por exemplo, polifenóis) não aparecem em suplementos nutricionais. O uso de vitaminas e suplementos podem ser benéficos, mas o uso jamais deve substituir a alimentação.
Carboidratos: são o nutriente mais importante para o fornecimento de energia para o organismo e funções do cérebro. Sem o carboidrato, as funções vitais ficam prejudicadas e, em geral, o corpo tende a armazenar um estoque extra de gordura. Os carboidratos consumidos na sua porção certa e de boa qualidade – como integrais, raízes, cereais, feijões, legumes e verduras – não engordam e geram benefícios ao organismo.
Proteína: é um macronutriente importante para manter as estruturas funcionais do corpo e ajudar na perda de peso. Carboidratos, proteínas e gorduras, em equilíbrio e associados a bons hábitos, como boa noite de sono e atividade física, são o grande segredo para o emagrecimento.
Comer rápido é prejudicial: comer rápido e não mastigar o suficiente faz com que o estômago não tenha tempo de enviar sinais ao cérebro de que está cheio e que é o momento de parar. Assim, essa prática pode ter consequências como o aumento de peso, má digestão, barriga inchada, aumento do risco de doenças cardíacas e aumento do risco de diabetes.