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Confira os sete tipos de câncer mais incidentes entre as mulheres

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O nosso amado presidente – que só abre a boca para falar besteira – tentou dias atrás impedir que o SUS trate de mulheres com câncer de seio, não dá para entender a burrice total. Porque, interrompendo esse vendaval de notícias sobre mortes provocadas pela COVID-19, o câncer mata quase tanto quanto. E não tem vacina, só prevenção e cuidados. Pesquisas mostram que sete tipos de câncer mais comuns no país atacam as mulheres. 





O estilo de vida saudável é uma das medidas mais eficazes para evitar o problema, segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que avaliou que, para cada ano do triênio 2020-2022, são previstos 625.370 novos casos,  297.980 em mulheres.

Apenas 5% a 10% dos casos têm influência de uma alteração genética que é herdada ao nascimento. Portanto, a exposição aos fatores de risco tanto comportamentais quanto ambientais, como sedentarismo, obesidade, tabagismo, poluição, exposição solar sem proteção, hábitos alimentares e infecções virais por vírus como o HPV, entre outros, têm papel fundamental no desenvolvimento de vários tipos de câncer, principalmente entre a maioria dos tumores que estão entre os mais prevalentes na população brasileira.

O aumento da expectativa de vida da população também influencia no desenvolvimento de câncer, pois as pessoas ficam mais anos expostas a fatores carcinogênicos. 

Os tipos de câncer mais incidentes entre as mulheres são pele, mama, colorretal (intestino grosso e reto), colo do útero, pulmão, tireoide e estômago.





Confira o que é importante saber sobre cada um desses tipos de câncer:

1. PELE NÃO MELANOMA 

Quando o assunto é câncer de pele não melanoma, está se falando sobre os tumores malignos do tipo carcinoma espinocelular e carcinoma basocelular. A exposição cumulativa ao sol sem proteção é a principal causa, principalmente do carcinoma espinocelular. Nas mulheres, os casos de câncer de pele são mais comuns nos membros inferiores (pernas).

2. MAMA

Excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, a mama é alvo de quase três entre 10 (29%) tumores malignos diagnosticados nas mulheres. O estilo de vida é determinante para o aumento da incidência da doença. Atualmente, as mulheres têm menos filhos e a primeira gestação mais tardia. Com isso, amamentam menos e menstruam mais, sendo mais expostas ao estímulo hormonal. Há também outros fatores, como obesidade, sedentarismo e uso de álcool.

3.  COLORRETAL 

Embora seja multifatorial, há forte ligação entre hábitos alimentares e incidência da doença. Recomenda-se a adoção de uma dieta com o consumo de frutas, hortaliças e fibras, assim como evitar alimentos processados e bebidas alcoólicas, refrigerantes e bebidas açucaradas. Moderação é a palavra-chave em relação à carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos. Os demais fatores de risco são sedentarismo, obesidade, tabagismo e alguns tipos de doenças intestinais.





4. COLO DO ÚTERO 

O câncer de colo do útero é o tumor ginecológico mais comum no Brasil. O fator causal, em grande parte dos casos, é o vírus HPV, principalmente dos tipos 16 e 18, para os quais há vacina na rede pública. Apesar da eficácia  da vacina, é baixa a adesão às campanhas.

5. PULMÃO

O principal fator de risco é o tabagismo, que está associado de 80% a 90% dos casos. Não tabagistas também podem desenvolver a doença, principalmente quando há mutações genéticas. O câncer de pulmão costuma ser diagnosticado a partir dos 50 anos, com pico de incidência na faixa de 60 a 70 anos. O principal gargalo é o diagnóstico tardio. Recomenda-se não fumar, inclusive cigarro eletrônico e narguilé.

6. TIREOIDE 

O principal alerta dos especialistas é para o aumento do número de casos em razão do maior acesso ao exame de punção aspirativa por agulha fina (PAAF), no qual o resultado é dado pelo médico patologista.

7. ESTÔMAGO

Um dos principais fatores de risco para esse tipo de câncer é a bactéria Helicobacter pylori. Em 5% das pessoas contaminadas, essa bactéria causa uma inflamação crônica no estômago, que, com o tempo, pode evoluir para um câncer. A  H. pylori é contraída através da saliva ou da água e alimentos que tiveram contato com fezes contaminadas. Os demais fatores de risco são tabagismo e consumo excessivo de álcool.




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