Estudos científicos já relataram que o início do processo de envelhecimento se dá volta dos 25 anos, embora ele só se torne visível mais para a frente. “Muitas pessoas acreditam que começamos a envelhecer após os 30 anos, momento em que é comum perceber alguns sinais mais claros da idade, como linhas finas e manchas. Fisiologicamente, o primeiro impacto ocorre após os 25 anos, com a queda da produção de colágeno e de antioxidantes endógenos. Então, mesmo antes de esses sinais se tornarem claros, é prioritário buscar ajuda médica para preservar as estruturas da pele, seja estimulando o colágeno ou poupando-as por meio do uso diário do protetor solar”, afirma a médica Patrícia Mafra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
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A especialista aconselha também o uso de ativos antioxidantes para combater os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento prematuro. Como na faixa dos 20 aos 30 anos a pele começa (em processo lento) a perder colágeno e sofrer com o declínio da produção natural de antioxidantes, a dermatologista recomenda alguns cuidados.
“O primeiro passo é o uso diário do filtro. A exposição ao sol contribui muito para o processo de envelhecimento da pele. É necessário usar protetor FPS 50 ou superior e hidratá-la diariamente com ativos antioxidantes – vitamina C, resveratrol, vitamina B3 e ácido ferúlico”, diz Patrícia Mafra.
Os antioxidantes estão presentes em vários cosméticos disponíveis no mercado. O resveratrol, por exemplo, faz parte do Gel-Creme Complex Antissinais, hidratante anti-idade desenvolvido pela Età Cosmetics. O produto associa ativos naturais biotecnológicos que agem sinergicamente para impedir danos causados pelos radicais livres, aumentar a quantidade de fibras de colágeno e elastina, melhorando a densidade e integridade da pele.
O produto auxilia na recuperação da firmeza e elasticidade, reduzindo a aparência de manchas, promovendo ação preenchedora de rugas e conferindo luminosidade ao tecido cutâneo.
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Mas isso não é tudo. A questão genética deve ser considerada. “A relação do DNA com a pele é tamanha que a genética interfere na resistência, regeneração, desenvolvimento da barreira cutânea, perda hídrica e no quanto as fibras de colágeno e elastina estão vulneráveis aos efeitos dos raios solares. Por isso, entender como as variantes genéticas influenciam a saúde da pele é essencial para mantê-la protegida, além de criar estratégias para estimular o colágeno e reforçar a capacidade antioxidante”, destaca Marcelo Sady, pós-doutor em genética.
“O gene MMP-1 possui diversas variantes genéticas, e uma delas leva à maior degradação de colágeno e formação de rugas. Diante da exposição solar, portadores desse alelo de risco podem apresentar expressão oito vezes maior de MMP1, o que acelera muito mais o processo de fotoenvelhecimento, levando à formação de uma grande quantidade de rugas. Em outras palavras, a exposição solar degrada o colágeno oito vezes mais em pacientes com essa influência genética”, destaca Sady.
O tratamento deve trazer ativos específicos para cada idade. Aos 30 anos, o metabolismo começa a abrandar e isso afeta a bioenergia das células da pele. “Com bioenergia em queda, temos a pele mais cansada. Nesse ponto, é necessário acelerar o metabolismo da célula de forma tópica, com uso principalmente da niacinamida, além da ingestão de nutracêuticos reparadores e de sustentação do colágeno, bioenergizante mitocondrial e antioxidantes”, recomenda a médica.
“Isso por si só ajudará a melhorar a qualidade da pele, poupando colágeno. Mas devemos lembrar que o envelhecimento é cronológico, portanto, a ajuda médica se fará necessária com procedimentos”, comenta.
Nas décadas seguintes, é comum perder compartimentos de gordura, o que afeta o volume facial. “Essa perda leva ao aparecimento de mais rugas, pois a pele não tem capacidade de se retrair quando perde o que está debaixo de si. Quanto mais idade, pior é a capacidade de recuperação. As rugas podem aparecer ou ficar ainda mais pronunciadas”, detalha Mário Farinazzo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Neste momento, os preenchedores são aliados. “No caso das demarcações profundas, quando são muitas a cirurgia das rugas, ou ritidoplastia, pode trazer mais resultados”, diz o cirurgião. “Mesmo em casos em que a cirurgia é recomendada, podemos estimular o colágeno da pele antes e depois do procedimento invasivo por meio de bioestimuladores, ultrassom microfocado ou lasers. O resultado será melhor, pois o colágeno é uma proteína naturalmente presente no nosso organismo e confere firmeza à pele”, acrescenta Patrícia Mafra.